terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Dilma veta emenda e mantém exigência de emplacamento de tratores


 
Atualmente, por força da resolução 513, do Conselho Nacional de Trânsito – Contran – publicada em dezembro passado, a exigência das placas e do licenciamento está suspensa até o final de 2016. No entanto, o deputado Heinze afirma que é necessário alterar a lei e pede apoio para garantir a derrubada do veto no Congresso Nacional. “O momento é de mobilização. É importante que cada produtor procure o deputado em quem votou, independente de cor partidária, e cobre apoio contra esse veto. Apesar da prorrogação, o Código de Trânsito Brasileiro – CTB - precisa ser alterado para afastarmos esse fantasma definitivamente e mais esse assalto ao bolso dos produtores rurais”, diz Heinze.

O licenciamento custará, em média, 3% sobre o valor de cada trator ou máquina agrícola. O preço de uma colheitadeira pode ultrapassar R$ 700 mil e o imposto, só com esse equipamento, será superior a R$ 20 mil por ano. "É um absurdo pagar tanto para manter uma máquina praticamente durante toda a vida útil dentro de uma propriedade privada. Não basta o aumento de impostos sobre os combustíveis, IOF, energia elétrica e tantos outros e agora mais esse veto do governo para taxar ainda mais o setor rural e os consumidores brasileiros”, reclama Heinze.

ENTENDA: as discussões sobre o tema vêm se arrastando desde 2008 quando o Contran publicou a resolução 281 que obrigava o emplacamento das máquinas agrícolas a partir de janeiro de 2010. Contrário a norma, o deputado Heinze mobilizou os parlamentares, agendou reuniões com ministros e chegou até impor a presença do diretor do Denatran na época, Alfredo Peres da Silva, em uma reunião da Comissão de Agricultura. A pressão deu resultado e a exigência foi suspensa.

Dois anos depois o governo volta a exigir o emplacamento. O desejo de onerar ainda mais os alimentos ficou evidente no curto prazo entre a publicação da norma - dezembro de 2012 – e sua entrada em vigor – 1º janeiro de 2013. Os produtores teriam menos de 30 dias para pagar as taxas, o licenciamento e afixarem as placas em suas máquinas ou seriam considerados fora da lei. Heinze novamente liderou as negociações e conseguiu a edição da resolução 447 que concedeu mais um ano para a exigência entrar em vigor.

Já no comando da Frente Parlamentar da Agropecuária – FPA – Luis Carlos Heinze apoiou a iniciativa do deputado Alceu Moreira (PMDB/RS) que apresentou um projeto de lei – PL 3312/12 – propondo o fim do emplacamento. Mas o governo preparava um golpe ainda mais forte para o produtor e resolveu vetar a proposta.

Dois dias depois das eleições que o consagraram o deputado federal mais votado do Rio Grande do Sul, Luis Carlos Heinze apresentou uma emenda a MP 656 propondo a alteração do CTB para eliminar qualquer hipótese do Contran voltar a exigir o uso de placas. A mobilização do parlamentar com o apoio dos agricultores resultou na aprovação do texto na comissão mista do Congresso Nacional e nos plenários da Câmara e do Senado em dezembro passado.

Na terça-feira, dia 20 de janeiro, ao converter em lei o texto aprovado pelos deputados e senadores, a presidente da República rejeitou novamente o fim do emplacamento. O Congresso Nacional tem agora prazo de 30 dias, a partir de fevereiro, para analisar a decisão do Planalto e serão necessários, pelo menos, os votos de 257 deputados e de 41 senadores para derrubar o veto.


Integra da lei 13.097 - http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm

Empresa vai extrair água do ar da Amazônia

Água é produzida a partir de geradores, que condensam umidade do ar da floresta

Garrafinha de 250 ml da Ô Amazon Air Water custará € 6,5 (cerca de R$ 20). Cerca de 95% da produção será destinada a mercado de luxo na Europa

O 'raio gourmetizador', como brincam os usuários das redes sociais com a moda dos produtos cercados por cuidados mercadológicos, terá a partir de março uma pequena, mas já ilustre participante: uma marca de água mineral retirada não de debaixo da terra, mas da atmosfera da floresta amazônica. A Ô Amazon Air Water, de 250 ml, terá preço sugerido de aproximadamente 20 reais, ou para ser preciso, 6,5 euros.
Isso porque 95% da produção terá como destino o mercado europeu, onde será distribuído para 200 pontos de venda de luxo, como o hotel Four Seasons de Lisboa. Os 5% restantes serão reservados para o consumidor brasileiro, vendidos em um e-commerce da marca e por uma flagship store, ou loja conceito, prevista para ser anunciada em julho e, certamente, ocupando um endereço chique da cidade de São Paulo, como o Jardim Europa, por exemplo.
Um grupo formado por quatro empresários brasileiros é responsável pela ideia. Já experimentados no empreendedorismo, eles aportaram 20 milhões de reais na empresa A2BR, que abriga a marca Ô Amazon. Outros 10 milhões de reais estão previstos para os próximos 12 meses, dinheiro destinado para o início da produção (na segunda quinzena de março), estratégias de marketing e comunicação, além do subsídio ao mercado na primeira leva a ser exportada.
"Nossa estratégia de abordagem de mercado é financiar a primeira compra do nosso cliente", diz o sócio Cal Junior, que em dez anos estima um retorno de 100 milhões em lucros. "A ideia por trás dessa estratégia é selecionar nossos revendedores", acrescenta. 
Instalados em uma casa com perfil de sede de startup na cidade de São Paulo, os quatro empresários mantêm um parque fabril de 1,75 milhão de metros quadrados às margens do Rio Negro, na Amazônia. É lá, no espaço concedido por 30 anos pela prefeitura de Barcelos, que eles instalaram duas máquinas que se parecem com grandes geradores de eletricidade, e que serão responsáveis por condensar a umidade do ar da floresta, fazendo a água passar por filtros e equipamentos de mineralização.
Potencial - O processo é similar ao do aparelho de ar-condicionado, que desumidifica o ar e, em seguida, devolve o ar refrigerado, eliminando a água. Nesse caso, como o objetivo não é a climatização do ambiente, e sim gerar água potável, todo o potencial da máquina está voltado para o desempenho de condensação e posteriores filtragem, mineralização e engarrafamento. Uma simples máquina, feita com exclusividade na China, é capaz de produzir 5 mil litros de água por dia.
"As pessoas nos perguntam qual será o impacto da produção na Amazônia e eu digo que é zero. É como tirar um copo de água de uma piscina olímpica, sendo que durante a noite, a natureza trata de restituir a perda", afirma o sócio e diretor financeiro do negócio, Ricardo Rozgrin. "Vai ser a água de luxo mais exclusiva do mundo", diz Cal Júnior, outro sócio. 
Com embalagem de vidro e uma tampa com resina de amido de milho, repleta de sementes, a proposta é que o cliente depois plante a tampa e compartilhe a informação com a marca e demais consumidores por meio de um aplicativo para smartphones. "Nosso projeto é totalmente sustentável, da embalagem de vidro à energia elétrica da fábrica, 100% solar", afirma Cal.
(Com Estadão Conteúdo

Apagão orquestrado atinge cidades do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil



Diversas distribuidoras de energia receberam ordem do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para corte seletivo da carga de eletricidade nesta segunda-feira em vários Estados do Brasil.
As empresas, que incluem distribuidoras em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, afirmaram que não sabiam os motivos para o corte de carga, que gradualmente era restabelecida nas áreasatingidas. O corte, segundo as companhias, ocorreu em locais não prioritários, evitando hospitais e indústrias.
As distribuidoras de energia CPFL, Copel, Light, Eletropaulo, Cemig, Celesc e CEB estão entre as concessionárias de energia que já confirmaram terem recebido ordem do ONS para corte na carga de eletricidade.
O corte seletivo de carga ocorreu dentro do denominado Esquema Regional de Alívio de Carga (Erac), sistema de proteção coordenado pelo ONS que determina às concessionárias de energia elétrica cortes em estágio, com o objetivo de preservar o fornecimento do sistema, informou a CPFL Energia.
O incidente acontece num momento de baixo nível dos reservatórios de hidrelétricas e de crescente temor de um racionamento de energia no país, diante do baixo nível de chuvas e elevadas temperaturas nas regiões em que ficam importantes usinas geradoras de eletricidade.
Houve corte de 800 MW nas área de concessão da CPFL nos Estados de São Paulo e no Rio Grande do Sul, de 320 MW na área da Copel (PR) e de 700 MW na área da Eletropaulo (SP). A Light (RJ) não pôde informar de imediato o tamanho do corte em sua área de concessão.
Na cidade de São Paulo, as operações da Linha Amarela do metrô foram atingidas por problema na alimentação de energia por volta das 14h35, que causaram parada de trem entre as estações Luz e República. A linha é utilizada por cerca de 700 mil pessoas diariamente.
O ONS não informou de imediato o motivo do pedido de corte na carga às distribuidoras. O Ministério de Minas e Energia afirmou que compete ao ONS dar mais detalhes.
Altas temperaturas motivam o maior consumo de eletricidade, diante do uso de equipamentos de refrigeração.
Também foi prejudicado o abastecimento de energia em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e Goiás. As distribuidoras gradualmente restabeleceram o fornecimento de luz em áreas atingidas, que não teria alcançado locais prioritários como hospitais e indústrias.
Houve corte total de 800 MW em áreas de concessão da CPFL no interior de São Paulo e no Rio Grande do Sul, de 320 MW na área da Copel (PR) e de 500 MW na concessão da Light (RJ).
Na sexta-feira, boletim do ONS reduziu para 18,5 por cento a estimativa de nível dos reservatórios das hidrelétricas do Sudeste do país no fim de janeiro, diante da perspectiva de menos chuva que o esperado anteriormente para este mês.
 Fonte Da Reuters