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Foto Cleomar Diesel |
Confirmação de um foco de febre aftosa
no Paraguai, em uma região que faz fronteira com o Brasil, coloca
novamente em alerta pecuaristas e autoridades responsáveis pela
erradicação da doença não só em Mato Grosso, mas em todo o país.
Presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), José
João Bernardes, lembra que isso é uma prova aos produtores de que a
aftosa deve ser tratada como um problema continental sendo necessárias
ações que envolvam países da América Latina.
Bernades acrescenta
que o fato de o Paraguai ter percebido que é necessário agir com
transparência em casos como esses e divulgar logo para os demais países,
a ocorrência de da doença é uma ação preocupante. ‘O Paraguai é o país
que mais tem crescido nas exportações de carne e ao adotar essa postura
de não esconder esse fato, mostra que as autoridades locais já estão
tomando providências para impedir que a aftosa se espalhe‘.
Detectado
no dia 30 de dezembro em uma fazenda de San Pedro del Ycuamandiyú,
município do departamento de San Pedro e confirmado por meio de análises
laboratoriais na segunda-feira (02) o foco da doença já preocupa também
o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que já
informou que tomará todas as medidas necessárias para proteger a
fronteira do Brasil.
‘Agiremos da mesma forma que há mais de 3
meses. Estamos sintonizados com os secretários de agricultura dos
estados que fazem divisa com aquele país e agiremos com a mesma
prontidão e eficiência‘, informa, em nota, salientando que, se
necessário solicitará o apoio logístico do Exército e da Polícia
Federal.
Apesar de Mato Grosso não fazer divisa com o Paraguai, o
Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) está atento ao
problema. Coordenadora de Centro de Doenças Animais, Daniella Soares,
lembra que é o segundo foco registrado naquele país em 3 meses na mesma
região, em uma distância de 20 km. O primeiro foi em 18 de setembro de
2011 quando 820 bois foram sacrificados.
Fonte gazetadigital