quinta-feira, 28 de julho de 2011

Nortão: governador pode autorizar conclusão de asfalto em rodovia


Fonte: Só Notícias

A pavimentação em trechos da MT-423, que liga Sinop-Claudia-União do Sul pode avançar ainda neste semestre. O prefeito de Claudia (90 km de Sinop), Vilmar Giachini, reuniu-se com o governador Silval Barbosa (PMDB) e ontem teve garantia da conclusão do asfaltamento da rodovia que liga os 3 municípios. De Claudia a Sinop faltam ser pavimentados cerca de 19 quilômetros, cujo custo será de aproximadamente R$ 4 milhões.


"Tivemos uma audiência, eu e prefeito de União do Sul, com o governador, que garantiu visitar as duas cidades no dia 13 [agosto] para autorizar mais convênios e também a construção do restante da rodovia de Claudia a Sinop e de Claudia a União do Sul", explicou ao Só Notícias. A obra continuará sendo feita em sistema de consórcio - com produtores e donos de fazendas ajudando a bancar parte dos custos.
Entre Claudia e União do Sul, de acordo com Vilmar, o projeto ainda não está pronto, no entanto, a estimativa é para o asfaltamento de 55 km, com investimentos de aproximadamente R$ 30 milhões. "É a nossa estimativa. O projeto ainda está sendo elaborado", explicou o prefeito. O recurso deve envolver convênio entre Governo e os municípios das duas cidades.
Nesta semana, conforme Só Notícias informou, foi definida a empresa que asfaltará 6,9 quilômetros da rodovia, no trajeto que liga Claudia a União. Cerca de R$ 2,9 milhões devem ser investidos e, de acordo com Associação dos Beneficiários da Rodovia Nova Conquista, o prazo para obra é de 150 dias. Neste percursos, já há 14,9 quilômetros asfaltados, com investimentos de R$ 5,8 milhões.
Claudia e União do Sul têm suas economias baseadas no setor madeireiro, agricultura e pecuária.

28 de julho dia do Produtor Rural

Faça chuva ou faça sol, lá estão os produtores rurais trabalhando... seja cumprindo sua missão de vida ou sendo peça importante na engrenagem do desenvolvimento nacional. Grande,pequeno  ou micro produtor, todos eles cumprem com esmero esta árdua missão de plantar, colher e saciar a fome de todos .

Mesmo com toda importancia e sucesso da agricultura Brasileira , estes   abnegados  enfrentam uma batalha contra uma politica que não se sabe nem porque  dificulta de todas as menirras esta atividade .

“CARTA DO ZÉ AGRICULTOR PARA O LUIS DA CIDADE.” OU O CAIPIRA E A GELADEIRA


Luis, quanto tempo!
Eu sou o Zé, teu colega de ginásio noturno, que chegava atrasado, porque o transporte escolar do sítio sempre atrasava, lembra né? O Zé do sapato sujo? Tinha professor e colega que nunca entenderam que eu tinha de andar a pé mais de meia légua para pegar o caminhão, por isso o sapato sujava.
Se não lembrou ainda eu te ajudo. Lembra do Zé Cochilo... hehehe, era eu. Quando eu descia do caminhão de volta para casa, já era onze e meia da noite, e com a caminhada até em casa, quando eu ia dormir já era mais de meia-noite.
De madrugada meu pai precisa de ajuda para tirar leite das vacas. Por isso eu só vivia com sono. Do Zé Cochilo você lembra né Luis?
Pois é. Estou pensando em mudar para viver aí na cidade que nem vocês. Não que seja ruim o sítio, aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro... Só que acho que estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos aí da cidade.
To vendo todo mundo falar que nós da agricultura estamos destruindo o meio ambiente. Veja só. O sítio do pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que parar de estudar) fica só à uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter porque não se pode fincar os postes por dentro da tal de APPA que criaram aqui na vizinhança.
Minha água é de um poço que meu avô cavou há muitos anos, uma maravilha, mas um homem do governo veio aqui e falou que tenho que fazer uma outorga da água e pagar uma taxa de uso, porque a água vai se acabar. Se ele falou deve ser verdade, né Luis?
Pra ajudar com as vacas de leite contratei Juca, filho de um vizinho muito pobre aqui do lado. Carteira assinada, salário mínimo, tudo direitinho como o contador mandou. Ele morava aqui com nós num quarto dos fundos da casa. Comia com a gente, que nem da família. Mas vieram umas pessoas aqui, do sindicato e da Delegacia do Trabalho. Elas falaram que se o Juca fosse tirar leite das vacas às 5 horas tinha que receber hora extra noturna, e que não podia trabalhar nem sábado nem domingo, mas as vacas daqui não sabem os dias da semana, aí não param de fazer leite. Ô, bichos aí da cidade sabem se guiar pelo calendário? Essas pessoas ainda foram ver o quarto de Juca e disseram que o beliche tava 2 cm menor do que devia. Nossa! Eu nem sei como encumpridar uma cama, só comprando outra, né Luis? O candeeiro eles disseram que não podia acender no quarto, que tem que ser luz elétrica, que eu tenho que ter um gerador pra ter luz boa no quarto do Juca.
Disseram ainda que a comida que a gente fazia e comia juntos tinha que fazer parte do salário dele. Bom Luis tive que pedir ao Juca pra voltar pra casa, desempregado, mas muito bem protegido pelos sindicatos, pelos fiscais e pelas leis. Mas eu acho que não deu muito certo. Semana passada me disseram que ele foi preso na cidade porque botou um chocolate no bolso no supermercado. Bateram nele e não apareceu nem sindicato nem fiscal do trabalho para acudí-lo.
Depois que o Juca saiu eu e Marina (lembra dela, né? Casei) tiramos o leite às 5 e meia, aí eu levo o leite de carroça até à beira da estrada onde o carro da cooperativa pega todo dia, isso se não chover. Se chover, perco o leite e dou aos porcos, ou melhor, eu dava, hoje eu jogo fora.
Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do chiqueiro para o riacho não podia ser só 20 metros. Disse que eu tinha que derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e ainda tinha que fazer umas coisas pra proteger o rio, um tal de biodigestor. Achei que ele estava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns trinta dias pra fazer, mesmo assim ele ainda me multou, e pra poder pagar eu tive que vender os porcos, as madeiras e as telhas do chiqueiro, fiquei só com as vacas.
O promotor disse que desta vez, por esse crime, ele não ia mandar me prender, mas me obrigou a dar 6 cestas básicas pro orfanato da cidade.
Ô Luis, ai quando vocês sujam o rio também pagam multa grande né?
Agora pela água do meu poço eu até posso pagar, mas to preocupado com a água do rio. Aqui agora o rio todo deve ser como o rio da capital, todo protegido com mata ciliar dos dois lados. As vacas agora não podem chegar no rio pra não sujar, nem fazer erosão. Tudo vai ficar limpinho como os rios aí da cidade. A pocilga já acabou, as vacas não podem chegar perto. Só que alguma coisa tá errada, quando vou na capital nem vejo mata ciliar, nem rio limpo. Só vejo água fedida e lixo boiando pra todo lado. Mas não é o povo da cidade que suja o rio, né Luis? Quem será? Aqui no mato agora quem sujar tem multa grande, e dá até prisão. Cortar árvore então, Nossa Senhora! Tinha uma árvore grande ao lado da casa que murchou e tava morrendo, então resolvi derrubá-la para aproveitar a madeira antes dela cair por cima da casa.
Fui no escritório daqui pedir autorização, como não tinha ninguém fui no Ibama da capital, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal vim fazer um laudo, para ver se depois podia autorizar. Passaram 8 meses e ninguém apareceu pra fazer o tal laudo, aí eu vi que o pau ia cair em cima da casa e derrubei. Pronto! No outro dia chegou o fiscal e me multou. Já recebi uma intimação do Promotor porque virei criminoso reincidente. Primeiro foi os porcos, e agora foi o pau. Acho que desta vez vou ficar preso.
Ta preocupado Luis, pois no rádio deu que a nova lei vai dá multa de 500 a 20 mil reais por hectare e por dia. Calculei que se eu for multado eu perco o sítio numa semana. Então é melhor vender, e ir morar onde todo mundo cuida da ecologia...
Vou para a cidade, aí tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazer nada errado, só falei dessas coisas porque tenho certeza que a lei é pra todos.
Eu vou morar aí com vocês. Mas fique tranquilo, vou usar o dinheiro da venda do sítio primeiro pra comprar essa tal de geladeira. Aqui no sítio eu tenho que pegar tudo na roça. A gente planta, cultiva, limpa e só depois colhe pra levar pra casa. Aí é bom que vocês é só abrir a geladeira que tem tudo. Nem dá trabalho, nem planta, nem cuida da galinha, nem porco, nem vaca é só abrir a geladeira que a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem precisar de nós, os criminosos aqui da roça.
Até mais Luis!
Ah, desculpe Luis, não pude mandar a carta em papel reciclado, pois não existe por aqui, mas aguarde até eu vender o sítio.
Autor: Luciano PizzattoEngenheiro Florestal –
(Todos os fatos e situações de multas e exigências são baseados em dados verdadeiros. A sátira não visa atenuar responsabilidades, mas alertar o quanto o tratamento ambiental é desigual e discricionário entre o meio rural e o meio urbano).

quarta-feira, 27 de julho de 2011

 
Mulher que encontrou camisinha em extrato de tomate deve ser indenizada

Empresa tem que pagar R$ 10 mil por danos morais. Decisão é do TJ do RS
 

A 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiu conceder indenização por danos morais de R$ 10 mil a uma consumidora de Lajeado que achou uma camisinha dentro de uma lata de extrato de tomate, após o preparo da refeição da família. A empresa pode recorrer.

Segundo informações do tribunal, a mulher alegou que percebeu a presença de mofo dentro de uma lata de extrato da marca Elefante, da Unilever. Ela disse que já tinha usado parte do molho para fazer almôndegas quando encontrou a camisinha enrolada no fundo da lata. A descoberta teria causado enjoo e vômitos em toda a família.

A consumidora argumentou também que procurou a fabricante e que a empresa informou que iria substituir a lata por outra. Para o juiz João Gilberto Marroni Vitola, que julgou a causa na primeira instância, mesmo que a empresa afirme que o processo é inteiramente automatizado, pode haver a intervenção humana.

A empresa recorreu. Ao julgar o recurso, a desembargadora relatora Marilene Bonzanini afirmou que o consumidor sempre espera que um alimento que compra esteja apto ao consumo. “Pelo mero conhecimento da cultura de nosso povo, não se acredita que qualquer pessoa não se sinta repugnada ao encontrar um preservativo, supostamente usado, em produto alimentício utilizado no preparo de refeição para a família”, escreveu na decisão.

Em nota, a Unilever afirmou que seus produtos estão totalmente de acordo com as normas sanitárias vigentes e seguem rigorosos processos de qualidade no processo de fabricação. A empresa diz também que a marca Elefante não faz mais parte de seus produtos e que o caso ainda está em análise pelos órgãos competentes.

 
Fonte: G1