quarta-feira, 27 de julho de 2011

‘Cano’ nos ‘Soldados
da borracha’

Li na Coluna do Claudio Humberto que sumiram os U$$ 100 milhões que os EUA depositaram no Banco do Brasil para ajudar os ‘soldados da borracha’ da Amazônia, na Segunda Guerra. Pedem R$725 milhões de indenização dos dois países. O Departamento de Estado diz ter os documentos que o Brasil não tem.


Soldados da Borracha foi o nome dados aos brasileiros que entre 1943/1945 foram alistados e transportados para a Amazônia pelo Semta, com o objetivo de extrair borracha para os Estados Unidos da América (Acordos de Washington) na II Guerra Mundial.
Estes foram os peões do Segundo Ciclo da Borracha e da expansão demográfica da Amazônia. O contingente de Soldados da Borracha é calculado em mais de 50 mil, sendo na grande maioria nordestinos e, por sua vez, cearenses.
Os Soldados da Borracha, depois de alistados, examinados e dados como habilitados nos alojamentos em Fortaleza (Prado e Alagadiço), recebiam um kit básico de trabalho na mata, que constitui-se de: uma calça de mescla azul, uma camisa branca de morim, um chapéu de palha, um par de alpercatas, uma mochila, um prato fundo, um talher (colher-garfo), uma caneca de folha de flandes, uma rede, e um maço de cigarros Colomy. O ponto de partida para muitos deles foi a Ponte Metálica (porto de Fortaleza na época).
Só na Amazônia estes receberam o treinamento para a extração da borracha.

As falsas promessas

Foi prometido aos Soldados da Borracha que, após a guerra, estes retornariam à terra de origem. Na prática, mais da maioria deles morreu de doenças como malária ou por influência de atrocidades da selva. Os sobreviventes ficaram na Amazônia por não ter dinheiro para pagar a viagem de volta, ou porque estavam endividados com os seringalistas (donos do serigais).
Ao contrário dos Pracinhas, estes só foram reconhecidos como combatentes da II Guerra Mundial em 1988, e apenas com este reconhecimento tiveram direito a uma pensão vitalícia.

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