quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Em nota a colunista, Ronaldo e Bia Antony confirmam separação


Mais uma bomba de fim de ano. Acabou o casamento de Ronaldo e Bia Antony. Após sete anos juntos e duas filhas, Maria Alice e Maria Sophia, os dois terminaram a relação há cerca de três meses. Os papeis do divórcio, aliás, já teriam sido até assinados.
O agora ex-casal enviou um comunicado anunciando a separação à coluna da jornalista Sonia Racy, do jornal “O Estado de S. Paulo”. A declaração diz que o divórcio é o “resultado de um consenso cuidadoso, fruto da nossa história e, principalmente, das nossas filhas. Nosso amor, amizade e admiração mútua não mudarão”.
PorJoana Burd

Inter “bomba” Valdivia de Rondonópolis para brilhar na Copa São Paulo


 
 


Valdivia em ação pela base do Internacional Foto: Arquivo Pessoal
Valdivia em ação pela base do Internacional
Foto: Arquivo Pessoal
DASSLER MARQUES
Direto de São Paulo
Facilidade para driblar, ótima capacidade de finalização e boa técnica. Valdivia, 18 anos, tem os atributos básicos para se tornar um jogador profissional, mas o Internacional acreditava que era preciso mais. Por isso, contratado no início do ano junto ao Rondonópolis-MT, o artilheiro da última Copa São Paulo teve uma meta importante em 2012: encorpar, ganhar força, peso e resistência. Tudo para brilhar na edição 2013 da Copinha
.

O Inter destacou um fisiculturista e dedicou atenção especial ao processo de fortalecimento para deixar Valdivia mais “bombado”: “tomei muita suplementação, porque precisava de força. Fiquei um mês só fazendo esse trabalho para me agregar ao grupo. Depois, muito reforço em academia para ter mais explosão, velocidade e resistência. Em 2012, engordei cinco quilos”, explica ao Terra.

A necessidade por uma evolução física fez com que o primeiro ano de Valdivia no Beira-Rio fosse complicado e marcado por poucas oportunidades. Mas no último Brasileiro Sub-20, disputado em dezembro, deu o ar da graça e confirmou uma previsão do clube, de que vai brilhar em 2013. No Brasileiro, saiu do banco e fez dois gols na semifinal contra o América-MG. Na decisão, diante do Cruzeiro, marcou novamente.

“Claro que o trabalho de força me prejudicou um pouco, mas estou ciente de que preciso trabalhar mais para achar meu lugar. Mesmo nas oportunidades que tive, nas finais do Brasileiro Sub-20, pude aparecer. Foi importante marcar esses gols no fim do ano, apesar de não ganhar títulos em 2012. Mas na Copa São Paulo será diferente”, prevê o Valdivia genérico, consciente do processo pelo qual passa.

“Eu não marcava muito, não era de trombar. Mas com o tempo você vai se adaptando, porque o futebol gaúcho é pegado, de muita raça. Hoje já consigo fazer meu máximo”, conta. Ele foi formado pelo Rondonópolis e brilhou no Campeonato Mato-Grossense Sub-18 de 2011. Na última Copa São Paulo, fez oito gols em quatro jogos e levou o time mais surpreendente do torneio até as oitavas de final.

O Internacional de Valdivia, entre outros destaques, estará no Grupo W da Copa São Paulo, em Osasco. Além do Grêmio Osasco, os colorados encaram o Nacional-AM e ainda o Paulista de Jundiaí-SP. 

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Procon de São Paulo lista sites não confiaveis

http://www.procon.sp.gov.br/pdf/acs_sitenaorecomendados.pdf

Levantamento aponta sites que tiveram muitas reclamações.

Lista tem problemas como a falta de entrega do produto adquirido.


A Fundação Procon divulgou uma lista com 200 sites que não são confiáveis para compras online. Segundo o órgão de defesa do consumidor, os sites em questão foram listados depois de muitas reclamações e de irregularidades apontadas, como falta de entrega do produto adquirido sem obter respostas para a solução do problema.
Comente agora
Segundo a empresa e-Bit, especializada em informações do comércio eletrônico, em 2012, as vendas online neste período natalino devem ter aumento de 25%, em relação ao mesmo período de 2011.
De acordo com um levantamento da empresa, o faturamento das vendas pela internet deve ser de R$ 3,25 bilhões.
lista traz o site, a empresa a qual ele pertence, o número do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da empresa, a situação do site, se está fora do ar ou não, e a data de inclusão na lista.


Exame critica demora na conclusão da BR-163 da divisa de MT ao Pará

A revista Exame, uma das mais conceituadas do país, publicou reportagem, em sua última edição, criticando a demora na conclusão do asfaltamento da BR-163 ligando Mato Grosso até Santarém (PA), onde está o porto, para escoamento (com redução significativa nos custos) da safra agrícola, madeira serrada/beneficiada e importação mais barata de insumos. Com o título Na "rodovia sem fim", a espera persiste, Exame informa que a conclusão da 163 em território paraense vai ficar para 2014.

Eis a íntegra da reportagem feita por Patrick Cruz

Os 3.500 quilômetros da BR-163 se estendem do Pará ao Rio Grande do Sul. Em todo o Brasil, a metade Norte é chamada de Cuiabá-Santarém. Os usuários mais frequentes e íntimos da estrada, no entanto, lhe deram outro apelido - "rodovia sem fim". Foi o jeito encontrado para criticar quatro décadas de promessas nunca cumpridas de que o trecho vai ser asfaltado e, de fato, exercer a função que lhe cabe: funcionar como um corredor de exportação dos grãos do Centro-Oeste.

A pavimentação do trecho Norte da BR-163 foi incluída com entusiasmo renovado na primeira versão do PAC, em 2007. Previu-se na época que os 1.000 quilômetros entre Santarém e a divisa do Pará com Mato Grosso, considerados os mais problemáticos, estariam prontos em 2010. Até agora, porém,  apenas 30% do trajeto está concluído. Do 1,5 bilhão de reais em investimentos previstos para a estrada, 752 milhões de reais foram gastos. Um dos motivos para os atrasos é a série de aditivos aos contratos pedidos pelas empreiteiras. Com a demora na análise dos pedidos, as obras param. Também pesaram contra projetos malfeitos e sinais de irregularidades detectados pelo Tribunal de Contas da União, os quais levam as novas paralisações.

Se já estivesse asfaltada, a rodovia baratearia 35% o frete da região produtora até o navio para um quarto da soja colhida em Mato Grosso. Os portos do Pará ficam mais perto de boa parte das lavouras. "Do norte de Mato Grosso até Santos, o frente custa 125 dólares por tonelada", diz Edeon Vaz Ferreira, coordenador executivo do Movimento Pró-Logística. "Nos Estados Unidos, num percurso mais longo, o frete das fazendas até os portos custa 10 dólares por tonelada. Como vamos competir com isso?

A importância
Abre caminho para que 23% da soja de Mato Grosso seja escoada pelo Norte com um custo de frete 35% inferior ao de hoje.

O investimento
2,3 bilhões de reais. 53% mais que o 1,5 bilhão previsto.

O atraso
Quatro anos. Era para 2010 e ficou para 2014.

Por que atrasou
Sucessivas revisões de contratos por motivos diversos: projetos incompletos, fraudes e pedidos de reajuste.

Fonte: Só Notícias/Agronotícias

Moringa olefeira, a árvore milagrosa: fotos

Suas folhas são consideradas um “superalimento”, pois os cientistas descobriram que contêm o cálcio de quatro copos de leite, a vitamina C de sete laranjas, potássio de três bananas, três vezes mais ferro do que o espinafre, quatro vezes mais vitamina A do que uma cenoura e o dobro da proteína do leite.
Combate a desnutrição, e o pó das folhas ajuda a cicatrizar úlceras na pele: uma colher de chá de pó de folha de moringa previne doenças e infecções e estimula o desenvolvimento intelectual.
“É uma planta fantástica, pois cada parte tem seus benefícios”, destacou Samson Tesfay, que realiza sua pós-graduação no Departamento de Ciências de Horticultura, na Universidade de KwaZulu-Natal (África do Sul). “Tem usos práticos, medicinais, terapêuticos e nutritivos. É extremamente efetivo no combate à desnutrição”, afirmou Tesfay.
A vagem verde da moringa está cheia de aminoácidos, e suas folhas também são usadas com fins medicinais, para tratar infecções cutâneas, pressão baixa, açúcar no sangue, reduzir o inchaço, curar úlcera gástrica e acalmar o sistema nervoso, acrescentou Tesfay.
Suas sementes pode ser usadas para purificar a água de zonas rurais, onde é difícil encontrar reservas potáveis: são efetivas em 98% na redução de impurezas e micróbios da água contaminada.
A planta, originária do norte da Índia, é utilizada na antiga medicina hindu, a Ayurveda, há séculos, e lhe atribuem a capacidade de prevenir cerca de 300 doenças.
Características: árvore de rápido crescimento, resistente à seca, com folhas extremamente nutritivas. Não é invasiva, precisa de pouca água e cresce rápido, alcançando três metros de altura em um ano. Pode sobreviver em condições relativamente desfavoráveis e não requer métodos de cultivo sofisticados nem caros, bem como insumos.
Uma forma eficaz de prevenção da fome em todas as partes do mundo, onde prevalece a seca e a desnutrição, como África, Américas do Sul e Central, Oriente Médio e sudeste de Ásia Pacífico.


terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Executora de EVTEA da hidrovia Teles Pires-Tapajós (MT) sairá em janeiro 24/12/2012 às 13:02



Fonte Agrodebate


foto: Leandro J. Nascimento/Agrodebate
Hidrovia favorecerá o transporte de grãos e barateará também importações.


Responsável pela execução do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental da Hidrovia Teles Pires Tapajós deve ser conhecido em janeiro. O período é o estimado para que comissão técnica avalie e cumpra todos os ritos do processo, composto por fases de habilitação, análise técnica e preço. Os três participantes do certame já apresentaram suas propostas.

Dois consórcios e uma empresa individual concorrem e vencerá quem oferecer o menor preço e solução técnica. Do estado de São Paulo está o consórcio formado pela Internave, Petcon e Lene. Do Rio de Janeiro, o consórcio composto pela Peotta e Progen Enefer e a Hidrotopo. Única empresa individual, a Shaw é de Santa Catarina.

Edeon Vaz Ferreira, coordenador-executivo do Movimento Pró-Logística, que representa o setor produtivo mato-grossense, acredita que mesmo com a definição em janeiro da vencedora do certame, o cronograma anteriormente previsto pelo governo - de em fevereiro emitir a ordem de serviço para realização do EVTEA - não sofrerá modificações. "É só questão de acompanharmos para agilizar", disse, em entrevista ao Agrodebate.

Só para este empreendimento estão previstos investimentos na ordem de R$ 15 milhões para formulação do estudo de viabilidade. A obra vai garantir o escoamento mais ágil dos produtros agrícolas da região norte do Estado, permitindo a ligação direta entre Sinop até Santarém, além de Porto dos Gaúchos até Santarém. A previsão do DNIT é que pelo menos em um ano sejam realizados os estudos de viabilidade técnica e econômica. 

De acordo com o Departamento de Estrutura Aquavária do DNIT, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, a hidrovia vai beneficiar, além de Mato Grosso, os estados do Pará e também do Amazonas. O trecho hidroviário possui 1.043 km de extensão, desde o porto de Santarém, na foz do rio Tapajós, alfuente do rio Amazonas, até cachoeira Rasteira, no rio Teles Pires.

A pretensão do EVTEA é avaliar a viabilidade de ampliar o trecho navegável dessa hidrovia de Santarém (PA), no km zero, a Sinop (MT), no k m 1.576.

Essa hidrovia é considerada a única rota de exportação que pode viabilizar a produção de grãos de todo o norte de Mato Grosso, importante opção para o incremento do comércio exterior com influência direta sobre os horizontes socioeconômicos dos Estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso, mercê de regiões de alto potencial produtivo, aponta o DNIT.
 
Expectativas 
Entre os principais benefícios a serem gerados por esta obra está a exportação de grande volume de carga, principalmente de grãos produzidos nas regiões Norte e Centro-Leste do Estado de Mato Grosso e do Sudoeste do Estado do Pará, por meio dos portos da calha do Amazonas de forma mais econômica do que os tradicionais portos da região sudeste.

Ainda, a geração de economia de 765 km a favor da opção de escoamento em direção a região Norte (distância entre Lucas e Santarém totaliza 1.430 km, enquanto de Lucas para Paranaguá (PR), 2.195 km).

Um conjunto de hidrovias
A hidrovia Teles Pires-Tapajós compõe a lista de três projetos hidroviários previstos para Mato Grosso. À relação estão ainda a hidrovia Tocantins-Araguaia e a do Paraguai-Paraná, esta última favorecendo a ligação entre Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e países como a Bolívia, Argentina, Uruguai e Paraguai. Segundo a Diretoria de Transportes Aquaviários do DNIT, somente para Mato Grosso a elaboração dos estudos técnicos para apontar a viabilidade técnica dos projetos vão exigir R$ 30 milhões. 

Já para o Brasil, cujo total de empreendimentos hidroviários é de nove, estão previstos R$ 81 milhões no orçamento do Governo para o EVTEA. A estimativa é que em até 18 meses sejam concluídas as análises técnicas.

Consideradas estratégicas pelas entidades do setor produtivo, as hidrovias em Mato Grosso vão favorecer o escoamento da produção agrícola e também fomentar a geração de renda em diferentes setores. Por mês, as perdas geradas pelo uso incorreto de modais para longas distâncias nesta unidade federada são calculadas em R$ 1,9 bilhão. Além disso, prevê-se um aumento na rentabilidade do produtor na ordem de R$ 10 por saca.

Atualmente, para escoar a safra agrícola de Sorriso, no médio norte do estado, até o porto de Santos (SP) em um trajeto rodoviário e ferroviário, o produtor rural tem gasto R$ 227,15/tonelada. Pela hidrovia, direcionando sua produção para o porto de Santarém (PA), o custo reduziria para R$ 60,12, apontam cálculos do Movimento Pró-Logística.

No Brasil as hidrovias respondem por 12,37% das operações de cargas e somente em 2011 movimentaram 109,2 milhões de toneladas em produtos, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

domingo, 23 de dezembro de 2012

Suiá Missú: Prestes a completar duas semanas, desocupação continua e esperança vai diminuindo

http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/politica-economia/115273-suia-missu-prestes-a-completar-duas-semanas--desocupacao-continua-e-esperanca-vai-diminuindo.html



A ação de desocupação da gleba Suiá Missú, entre os municípios de São Félix do Araguaia e Alto Boa Vista, no nordeste do Mato Grosso, continua e, na próxima segunda-feira (24) entra em sua segunda semana. Mais de dez propriedades já foram desocupadas e há muitas famílias ainda sem destino, alojadas temporariamente em barracas improvisadas em beiras de estrada. 

"Natal? Dá pra imaginar como será o nosso Natal? Aqui não via ter nada disso, não. Aqui vai ter só gente cansada, desgastada e sem destino", disse Roberto Rodrigues da Silva, comerciante local. Papagaio, como é mais conhecido no povoado de Posto da Mata - na gleba Suiá Missú - tem relatado ao Notícias Agrícolas, desde o início da operação, como tem sido os dias na região. Ele afirma que as forças policiais continuam mobilizadas, as ações de despejo continuam sendo efetivadas e a população local ainda resiste, mesmo sem saber qual será o desfecho desta história. 

"É uma vergonha o que estão fazendo com esse povo. É desumano. Estão tratando como bandido uma gente que só está aqui para trabalhar, para sustentar suas famílias. Hoje, o Posto da Mata tem uma estrutura que foi criada pelo povo e agora querem tomar isso da gente", lamenta Silva, com o cansaço nítido em sua voz. 

Nesta sexta-feira (21) se encerrou o ano letivo das duas escolas de Posto da Mata e Estrela Araguaia e os locais, segundo informações, deverão ser ocupados pela Força Nacional e Exército. As notícias são de que os alunos destes locais ainda não sabem como serão suas aulas no próximo ano e o clima, portanto, era de muita tristeza. 

Não só a educação, mas a comunicação local também está comprometida. Há alguns dias o Correio não chega e, por isso, as contas acabam ficando atrasadas já que os moradores não conseguem pagá-las por não tê-las. 

Ato de Apoio - Estava marcado para a semana passada, no dia 14 de dezembro, um ato cívico de todos os sindicatos rurais da região e mais a Famato (Federação de Agropecuária do Estado do Mato Grosso) em apoio aos moradores de Suiá Missú, que foi, entretanto, cancelado depois que a Polícia Federal pediu o início das investigações sobre o posicionamento e as ações da Famato. 

Segundo alguns produtores, em entrevista à nossa equipe, o cancelamento acabou esfriando o ânimo das pessoas que estão reunidas e resistindo às desocupações. 

Veja uma nota oficial sobre o cancelamento do ato:

Senhores,
 
Em razão da determinação do Ministério Público Federal (MPF) para que a Polícia Federal inicie investigação sobre o posicionamento e as ações da Famato, a entidade resolveu cancelar o ato cívico e pacífico que faria amanhã (14/12), às 14h, no Posto da Mata.
Após análise das possíveis implicações jurídicas, tomamos esta decisão por entender que este movimento, ao contrário do que pretendíamos, complicaria ainda mais a situação na região. Para mais detalhes, confira a nota do MPF abaixo:
 
 
MPF pede investigação de protestos contra a retirada dos não-índios
 
O Ministério Público Federal em Mato Grosso enviou nesta quarta-feira (12/12) ofício requisitando ao Departamento de Polícia Federal em Barra do Garças que investigue quem está incitando os protestos violentos contra a desocupação da Terra Indígena Marãiwatsédé.
 
A medida foi tomada, porque notícias da imprensa dão conta de que o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato)/Araguaia, Marcos da Rosa, estaria conclamando a população de Ribeirão Cascalheira (MT) a participar de bloqueios em rodovias federais, oferecendo, inclusive, “alimentação farta” distribuída por caminhões, a fim de impedir o cumprimento de ordem do Poder Judiciário para desocupação da Terra Indígena Marãiwatsédé.
 
Segundo o procurador da República Otávio Balestra Neto, autor do pedido, a conduta do líder ruralista, de opor-se à execução de uma determinação judicial e incitar publicamente a prática de crime, é ilegal. As penas previstas para esses crimes são, respectivamente, reclusão de um a três anos; e detenção de três a seis meses ou multa.
 
Localizada no município de Alto Boa Vista (MT), Marãiwatsédé é uma Terra Indígena em processo de retirada dos não-índios. Desde 1998 a área de cerca de 217 mil hectares, onde situa-se a fazenda Suiá-Missú, é reconhecida como território tradicional dos índios xavante por decreto do presidente da República.
 
O que diz a legislação
 
Resistência
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou
ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja
prestando auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das
correspondentes à violência)
 
Incitação ao crime
Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de crime:
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.


Área Indígena - A área onde está localizada a gleba Suiá Missú foi efetivamente considerada como área indígena pertecente à etnia Xavante no congresso Rio 92 com um decreto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. No início de 2012, a Justiça Federal determinou a desocupação da área. 

Entretanto, representantes dos índios xavantes afirmam que nunca habitaram a área em questão e que são nativos de áreas de Cerrado, e a gleba fica em uma área de mata fechada. Desde o início de desocupação da área, mais de 200 índios estão ao lado dos produtores e moradores locais lutando pelos mesmos interesses. 

Pajés já disseram, em vários depoimentos, para vários meios de comunicação, inclusive ao Notícias Agrícolas, que desde o início das discussões estão lutando ao lado da população local e que a exigência por aquelas terras não passa de uma exigência da Funai (Fundação Nacional do Índio). 

Para o antropólogo Edward Luz, o grande problema atual é o conjunto de falhas que marca o processo de demarcação de terras no Brasil e diz ainda que a operação em São Felix do Araguaia e Alto Boa Vista fere direitos constitucionais dos cidadãos brasileiros. 

O processo  falha, principalmente, ao não trazer paz para a sociedade, o que deveria ser prioridade. "Esse não é um processo que que constrói a pacificação e desconstrói o conceito de democracia e de propriedade privada que muitas pessoas ali têm", diz Luz. 

A ação de desocupação da gleba Suiá Missú continua e ainda não há sinais de um solução que possa atender as necessidades do moradores do local. A população já começa a falar em um possível acordo, porém, exigem que sejam realocadas em condições dignas de vida e de trabalho. "Eu não sei como vão ser os próximos dias. Não sei nem se vai ser na beira da BR com uma lona na cabeça", diz Papagaio. 

A maior indignação desse povo é de que a Justiça Federal não tem dado a atenção necessária a essas famílias ou às provas que elas têm apresentado para mostrarem que são proprietárias legítimas de suas terras, que possuem documentos, inclusive da Funai, que atestam que aquele local não é uma área indígena. Além disso, ignoram ainda a declaração dos índios de que não querem aquele pedaço de chão e que estão do lado dos "brancos". 

O risco de novos conflitos ainda existe, a infraesturura local já está se tornando insuficiente para tantas pessoas concentradas e nem mesmo um representante dos Direitos Humanos têm acompanhado o andamento da ação de desocupação. 

Veja alguns documentos enviados ao Notícias Agrícolas por Luiz Alfredo de Abreu, advogado da Associação dos Moradores de Suiá Missú que, segundo ele, comprovam a fraude que teria levado a essa decisão da Justiça Federal. 

Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes