domingo, 15 de maio de 2011

Algo muito estranho acontece a muito tempo

Algo muito estranho acontece a muito tempo . Acompanho a quatro anos  e até hoje não consegui explicações para isso.  "Vira e mexe " acontecem acidentes e  prisões em onibus que estariam saindo de Aripuanã.

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A Polícia Rodoviária Federal(PRF) apreendeu 14 quilos de pasta base de cocaína durante fiscalização na tarde de sexta-feira(13), na BR-174, em Cáceres, a 250 quilômetros de Cuiabá. Segundo informações repassadas pela polícia, a droga estava escondida na bagagem de um passageiro que estava em um ônibus que saiu de Aripuanã, a 976 quilômetros de Cuiabá, e seguia para Brasília(DF).

De acordo com a PRF, ao abordar o veículo os policiais suspeitaram de um dos passageiros. Quando revistaram a bagagem do suspeito, os agentes encontraram em uma maleta preta quatro tabletes de pasta base de cocaína. Questionado sobre o fato, o homem confirmou ser dele e afirmou que o conteúdo era droga.

Além da maleta, o suspeito também era dono de uma mala que estava dentro do bagageiro do ônibus, onde foram encontrados mais 10 tabletes do entorpecente. O passageiro confessou ser dono da droga, que totalizou 14 quilos.

Ainda de acordo com a polícia, o suspeito receberia R$ 10 mil pelo transporte da droga até São Luiz, no Maranhão, onde passaria a mercadoria para outra pessoa. A droga e o preso, autuado em flagrante pelo crime de tráfico de entorpecentes foram encaminhados para a Delegacia da Polícia Federal, em Cáceres.

Pergunta do Editor
Tem Onibus de Aripuanã para Brasilia?

Como ficaria o Brasil com os novos Estados Veja mapa com 37 Estados e quatro territórios da União

Fonte: iG


Se depender dos Projetos de Decretos Legislativos (PDCs) que tramitam no Congresso, o Brasil pode ter 37 Estados e quatro territórios da União, além do Distrito Federal (DF). A divisão territorial atual do País contempla 26 Estados e o DF.

A maioria das propostas pede divisões nos Estados da Região Norte. O Amazonas, por exemplo, pode ter que ceder terreno para o Estado do Alto Solimões e o Território Federal do Rio Negro, entre outros.

A diferença dos territórios para os Estados é que eles teriam verba federal e sua gestão ficaria a cargo de um gestor indicado pela Presidência. Amapá, Acre, Roraima e Rondônia já funcionaram assim antes de ganhar status de estados.

Além de ser aprovada pelo Legislativo, a criação de um novo Estado depende de um plebiscito que deve ser respondido pela população local.

Além dos pedidos para criar novas unidades da federação, há uma PDC que sugere a revisão dos limites do Piauí, Ceará e do Rio Grande do Norte. Municípios que ficam na região de fronteira poderiam passar a pertencer ao Estado vizinho, se assim decidisse a população em plebiscito.

Desde 1988, já passaram pelo Congresso 92 projetos similares. O pedido mais antigo é de 1988, de autoria do então deputado Chico Humberto pedindo a criação do Estado do Triângulo, em Minas Gerais. Essa e muitas outras proposições foram arquivadas, mas as ideias de novos Estados continuam ativas em outros 25 PDCs que tramitam na Câmara e no Senado.

Saiba mais sobre cada estado:

Estado do Alto Solimões: Diversas propostas para desmembramento da região já circularam pela Câmara. O argumento é o mesmo usado em quase todos os projetos para a região Norte: levar serviços e infraestrtutura á população distante do poder central do estado.

Estado do Araguaia: Um dos PDCs que pede a divisão do Mato Grosso diz que, ao criar “arbitrariamente” o Mato Grosso do Sul, o governo agiu “partindo corações, gerando decepções de um lado e esperanças do outro”.

Estado de Carajás: Foi aprovado pela Câmara no início do mês. Há projetos com mais de 20 anos que pediam que a região, rica em minério fosse destaca do Pará.


Estado da Guanabara: Reativação do Estado da Guanabara que existiu entre 1960 e 1975 no território da cidade do Rio de Janeiro

Estado do Gurgeia: Ficaria no sul do Piauí. Há organizações locais que lutam pela separação que divulgam em livros, palestras e manifestações.

Estado do Mato Grosso do Norte: Argumento para separar a região é a distância da população da região à capial estadual, “ainda que muito gratos pelo carinho, apoio estímulos que receberam do Sul do Mato Grosso”, diz o PDC.

Estado do Maranhão do Sul: O PDC que propõe a criação cita não só razões econômicas, mas também culturais para a mudança. “Prova disso é que hoje a nossa juventude tem optado por centros como Belém, Goiânia, Brasília, São Paulo e Palmas para realizar seus estudos universitários”, diz o texto proposto em fevereiro deste ano.

Estado do Rio Doce: A unidade da federação contaria com municípios das regiões do Rio Doce, da Mata e de Jequitinhonha/Mucuri.

Estado Rio São Francisco: Projetos que propõe a independência do oeste da Bahia foram apresentados – e rejeitados – diversas vezes.
Estado de Tapajós: Foi votado pela Câmara no início do mês, mas volta para o Senado que deve aprovar uma pequena alteração no texto e liberar o plebiscito.
Estado do Triângulo: É o único viável economicamente, segundo estudo de 2008 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A pesquisa considerava as propostas em tramitação naquele ano, entre as quais estava a do Triângulo.

Território Federal do Alto Rio Negro: A região banhada pelo Rio, no Amazonas é considerada muito isolada pela população, e por isso precisa ser um estado independente.

Território Federal do Oiapoque: A cidade mais ao norte do país pode virar território federal estratégico para vigilância de fronteiras e combate ao narcotráfico.

Território Federal do Rio Negro: Proposta por dois campeões de sugestão de novos estados: o senador Mozarildo Cavalcanti (PPB/RR) e o deputado João Herrmann Neto (PPS/SP)

Território Federal do Solimões: Também apresentado por vários parlamentares e aguardando votação da Casa há mais de dez anos.

A ex-senadora Serys Marly paga com expulsão o fato de não ter apoiado Carlos Abicalil para Senado; também foram punidos Eroísa de Mello, com advertência; a ex-deputada Verinha e o vereador Lúdio com advertência e suspensão de 3 e 6 meses, respectivamente


Fonte RDNEWS Romilson Dourado

Sob clima tenso e após quase 17 horas de reunião - começou às 8h do sábado e terminou à 0h30 deste domingo -, a comissão de Ética do PT decidiu, por 3 a 2, expulsar do partido a ex-senadora Serys Marly. A maioria entendeu que Serys agiu com infidelidade partidária, portanto, feriu as regras da legenda, ao não apoiar para senador Carlos Abicalil e, para piorar, ainda ter feito campanha para candidato de outra legenda, o pedetista Pedro Taques. A decisão da comissão, sob influência do próprio Abicalil e do deputado estadual recém-empossado Alexandre Cesar, contraria a orientação do comando nacional do PT. Esperava-se uma pena mais branda, que seria a suspensão por 4 meses de Serys. A decisão, porém, foi para expusá-la. Em toda trajetória política, com mandatos de deputada estadual e de senadora, Serys militou no PT, com exceção de alguns dias em que esteve no PV.

A comissão decidiu também pela advertência à suplente de deputada Eroísa de Mello. A ex-deputada Vera Araújo, a Verinha, hoje secretária-adjunta de Justiça e Direitos Humanos, receberá advertência e ficará suspensa do partido por 3 meses. O vereador por Cuiabá Lúdio Cabral recebeu como punição advertência e 6 meses de suspensão. Todos não fizeram campanha para Abicalil, que amargou o terceiro lugar para o Senado e hoje ocupa cargo de assessor especial do Ministério da Educação, em Brasília.

Serys deve recorrer da decisão. Antes, porém, vai aguardar o resultado da votação dos membros do diretório estadual. Ela travou com Abicalil um embate duro na campanha do ano passado, trazendo prejuízos ao partido. Curiosamente, nenhum dos dois se elegeu. Serys foi candidata à deputada federal e, Abicalil, ao Senado. Na eleição anterior, o petismo havia garantido duas cadeiras na Assembleia. Já no pleito do ano passado, só assegurou uma vaga, com a reeleição de Ademir Brunetto.

sábado, 14 de maio de 2011

AUMENTO DO DESMATAMENTO ILEGAL PREOCUPA SETOR DE BASE FLORESTAL



Fonte: ASCOM CIPEM


O último Boletim Transparência Florestal do Imazon, divulgado no mês de abril, apresentou informações sobre o desmatamento e degradação a partir do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), mostrando que em março deste ano, o desmatamento na Amazônia Legal chegou a 46 quilômetros quadrados. Infelizmente, Mato Grosso aparece como líder no ranking do desmatamento, com 28% do total desmatado de agosto de 2010 a março de 2011. Na sequência, aparecem Rondônia e Pará com 26% e o Amazonas com 12%. No período em análise, os quatro estados aparecem como os responsáveis por 93% do desmatamento da Amazônia.

Já o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA detectou neste ano, através do acompanhamento do sistema DETER, uma mudança no padrão decrescente de áreas de desmatamento que vinha se estabelecendo nos últimos cinco anos. “O tamanho dos polígonos era menor, chegando ao máximo de 50 hectares, distribuídos em diferentes espaços dentro das áreas. O que encontramos, com a Operação Disparada, foram áreas com mais de 500 hectares já abertas com o uso do “correntão”, chegando algumas a superar 1.000 hectares de degradação ilegal. Encontramos alguns municípios com até sete mil hectares de desmatamento ilegal, com indicativo para atividade agrícola”, explicou Ramiro Hofmeister Martins-Costa, superintendente do IBAMA em Mato Grosso.

Uma das explicações para a mudança é a possibilidade de aprovação do novo Código Florestal, “percebemos que a exploração indevida foi uma ação planejada, concomitante e coincidente, pois a encontramos em várias áreas da região norte”, concluiu Ramiro Martins-Costa.

A situação provocou a união de esforços dentro do órgão e cerca de 250 fiscais do IBAMA estão chegando de outros estados para intensificar as fiscalizações e organizar barreiras nas estradas. Além disto, a união se estendeu também para a Polícia Ambiental e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente – SEMA.

“A integração entre as instituições vai otimizar os recursos disponíveis e dar uma resposta mais rápida. A prioridade é fazer a responsabilização administrativa e criminal dos danos ambientais que estão ocorrendo agora. De forma equivocada, aqueles que estão causando o dano, estão acreditando numa regularização que porventura possa vir beneficiá-los”, frisou Júlio Bachega, secretário adjunto de Mudanças Climáticas da SEMA.

O Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso – CIPEM, representante do setor de base florestal, vem trabalhando arduamente pela transparência, legalidade e profissionalização dos seus sindicalizados. Inclusive, num esforço institucional para promover o diálogo e a cooperação com a esfera pública, representada por órgãos estaduais e federais. A Floresta em Pé é uma das bandeiras do CIPEM, assim como o Desmate Ilegal Zero, uma vez que o setor de base florestal mato-grossense vive da prática do Manejo Florestal Sustentável, uma atividade legal e responsável pela renda de milhares de famílias. E, diante desta ampliação de áreas desmatadas, preocupa-se.

“Os associados ao CIPEM sabem que a floresta em pé é a garantia da perpetuação da atividade de base florestal e, o manejo florestal é a única forma de exploração planejada. Por isso mesmo, nós apoiamos toda e qualquer iniciativa que vise combater condutas ilegais, principalmente aquelas que colocam em risco a sustentabilidade do setor”, João Carlos Baldasso, presidente do CIPEM.

Prefeito de Paranaíta recebe membros do CONDESPAR

Fonte noticiaexata
Assessoria Paranaíta está se tornando uma referência de desenvolvimento para todo o Estado. Esta semana foi criado no município o CONDESPAR (Conselho de Desenvolvimento Sustentável de Paranaíta), este que deverá ser um forte parceiro da Administração Municipal, na busca pelo desenvolvimento econômico. Na quarta-feira, representantes do conselho se reuniram com o prefeito doutor Pedro Miyazima. O conselho deverá ser um elo entre Administração Municipal e sociedade.

“O prefeito, doutor Pedro Miyazima quer colaborar, inclusive ele está disposto a mostrar os projetos que estão em andamento. Também aqueles projetos que ainda estão sendo analisados. Queremos dar esse suporte. Vamos trazer até a Administração Municipal as dúvidas da sociedade”, exemplifica o presidente do CONDESPAR, Renato Petrofeza. Ainda segundo Petrofeza, o conselho quer acompanhar de perto os projetos ligados à segurança, habitação, entre outros.

O prefeito de Paranaíta, doutor Pedro Miyazima reforça a importância do CONDESPAR. “Estamos seguindo certos princípios estabelecidos pela nossa administração. Desde o dia em que assumi este cargo de prefeito, estamos fazendo uma administração voltada a comunidade, de forma democrática, valorizando o ser humano. Queremos que a comunidade faça parte deste trabalho”, argumenta.

Para o prefeito a participação da população é peça chave no crescimento e desenvolvimento. “A participação ativa da população é um objetivo da nossa administração, o nascimento do CONDESPAR é muito importante, principalmente neste momento em que estamos vivenciando um grande momento para nossa cidade”, finaliza.

Maggi crê em tramitação ‘mais amena’ no Senado



O senador Blairo Maggi (PR) é um dos principais articuladores do projeto sobre o novo Código Florestal no Senado

Com bom trânsito entre os produtores rurais e os ambientalistas, o senador é considerado um mediador entre os dois grupos.

Enquanto os deputados federais ainda debatem o novo Código Florestal, os senadores já adiantam o trabalho discutindo temas. Conforme colocado pelo site Congresso em Foco, o Senado já costura acordos para possíveis mudanças na legislação que passará pela Câmara.

Blairo Maggi explica que os senadores há algum tempo já debatem sobre o assunto. “Mas não sabemos como o texto vai sair da Câmara, por isso não podemos articular a votação aqui”, disse o senador.

No entanto, ele confirma que há um consenso sobre a dispensa de recomposição da reserva legal. Como explica o senador, a legislação anterior permitia que o produtor rural abrisse até 50% da área considerada reserva.

Os produtores rurais defendem que as pequenas propriedades não tenham áreas proibidas de desmatar ou que tenham que ser reflorestadas, pois diminuiria a área de plantio. Já os ambientalistas defendem que mesmo as pequenas propriedades devam ter áreas preservadas. O argumento é de que os produtores poderiam dividir suas terras em partes menores para pode desmatar.

Ex-governador de Mato Grosso e um dos maiores produtores de soja do mundo, Maggi coloca que no Senado o clima é “mais ameno”, sem discussão cheia de paixão, pois a maioria dos senadores já passou por cargos executivos e conhece a realidade dos produtores e sabe dialogar também com os ambientalistas. “Vou aproveitar essa boa relação que tenho para conseguir um consenso e propostas que agradem aos dois lados”, disse o senador.

Enquanto o projeto é discutido na Câmara, Blairo Maggi disse que os senadores vão ganhando tempo, discutindo a matéria antes mesmo que ela chegue à Casa. “Já ouvimos diversas instituições com mérito para a discussão, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e Associação Brasileira de Cientistas”, disse o senador.

O projeto do novo Código Florestal tramita em regime de urgência na Câmara. Porém, na quinta-feira a votação foi adiada por falta de consenso entre os parlamentares.
Fonte: ANA ROSA FAGUNDES

do Diário

sábado, 30 de abril de 2011

Fim de semana poucas coisas acontecendo que tal agente ler Luís Fernando Veríssimo

Falando   em Luis Fernando Verissimo lembrei desta ,pois esta semana o principe casou.


Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.


Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...

Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.

Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.

Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.

A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...

Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:

- Eu, hein?... nem morta!

Mais uma cronica deste genio Luís Fernando Veríssimo

 LADRÃO DE GALINHAS...


"Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas de um galinheiro e levaram para a delegacia.

- Que vida mansa, heim, vagabundo ? Roubando galinha para ter o que comer sem precisar trabalhar. Vai para cadeia!

- Não era para mim não. Era para vender.

- Pior. Venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio estabelecido. Sem-vergonha!

- Mas eu vendia mais caro.

- Mais caro?

- Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas e as minhas não. E que as do galinheiro botavam ovos brancos enquanto as minhas botavam ovos marrons.

- Mas eram as mesmas galinhas, safado.

- Os ovos das minhas eu pintava.

- Que grande pilantra...

Mas já havia um certo respeito no tom do delegado.

- Ainda bem que tu vai preso. Se o dono do galinheiro te pega...

- Já me pegou. Fiz um acerto com ele. Me comprometi a não espalhar mais boato sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços dos produtos dele para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de galinheiro a entrar no nosso esquema. Formamos um oligopólio.

Ou, no caso, um ovigopólio.

- E o que você faz com o lucro do seu negócio?

- Especulo com dólar. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas. Comprei alguns deputados. Dois ou três ministros. Consegui exclusividade no suprimento de galinhas e ovos para programas de alimentação do governo e superfaturo os preços.

O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso e perguntou se a cadeira estava confortável, se ele não queria uma almofada. Depois perguntou:

- Doutor, não me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor não está milionário?

- Trilionário. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o que tenho depositado ilegalmente no exterior.

- E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?

- Às vezes. Sabe como é.

- Não sei não, excelência. Me explique.

- É que, em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa.

Do risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me sinto realmente um ladrão, e isso é excitante. Como agora. Fui preso,
finalmente. Vou para a cadeia. É uma experiência nova.

- O que e isso, excelência? O senhor não vai ser preso não.

- Mas fui pego em flagrante pulando a cerca do galinheiro!

- Sim. Mas primário, e com esses antecedentes..."


Luís Fernando Veríssimo