sábado, 14 de maio de 2011

Maggi crê em tramitação ‘mais amena’ no Senado



O senador Blairo Maggi (PR) é um dos principais articuladores do projeto sobre o novo Código Florestal no Senado

Com bom trânsito entre os produtores rurais e os ambientalistas, o senador é considerado um mediador entre os dois grupos.

Enquanto os deputados federais ainda debatem o novo Código Florestal, os senadores já adiantam o trabalho discutindo temas. Conforme colocado pelo site Congresso em Foco, o Senado já costura acordos para possíveis mudanças na legislação que passará pela Câmara.

Blairo Maggi explica que os senadores há algum tempo já debatem sobre o assunto. “Mas não sabemos como o texto vai sair da Câmara, por isso não podemos articular a votação aqui”, disse o senador.

No entanto, ele confirma que há um consenso sobre a dispensa de recomposição da reserva legal. Como explica o senador, a legislação anterior permitia que o produtor rural abrisse até 50% da área considerada reserva.

Os produtores rurais defendem que as pequenas propriedades não tenham áreas proibidas de desmatar ou que tenham que ser reflorestadas, pois diminuiria a área de plantio. Já os ambientalistas defendem que mesmo as pequenas propriedades devam ter áreas preservadas. O argumento é de que os produtores poderiam dividir suas terras em partes menores para pode desmatar.

Ex-governador de Mato Grosso e um dos maiores produtores de soja do mundo, Maggi coloca que no Senado o clima é “mais ameno”, sem discussão cheia de paixão, pois a maioria dos senadores já passou por cargos executivos e conhece a realidade dos produtores e sabe dialogar também com os ambientalistas. “Vou aproveitar essa boa relação que tenho para conseguir um consenso e propostas que agradem aos dois lados”, disse o senador.

Enquanto o projeto é discutido na Câmara, Blairo Maggi disse que os senadores vão ganhando tempo, discutindo a matéria antes mesmo que ela chegue à Casa. “Já ouvimos diversas instituições com mérito para a discussão, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e Associação Brasileira de Cientistas”, disse o senador.

O projeto do novo Código Florestal tramita em regime de urgência na Câmara. Porém, na quinta-feira a votação foi adiada por falta de consenso entre os parlamentares.
Fonte: ANA ROSA FAGUNDES

do Diário

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