quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Vigia de creche em Janaúba falou que 'iria morrer', diz delegado; perícia indica que ele trancou portas antes de atear fogo

Vigia sofria mania de perseguição e premeditou crime, diz polícia (Foto: Reprodução/Facebool)

O vigia noturno que ateou fogo em uma creche em Janaúba disse a familiares que "essa semana iria morrer", afirmou nesta quinta-feira (5) o delegado Bruno Fernandes Barbosa. Ainda de acordo com o delegado, uma perícia constatou que Damião Soares dos Santos, de 50 anos, trancou as portas da creche antes de incendiar o local. Ele jogou álcool nas crianças e nele mesmo e, em seguida, colocou fogo. Quatro crianças morreram.
O delegado disse, após entrevistar familiares do vigia, que desde 2014 ele já apresentava "sinais de loucura". "Ele alegava que a mãe dele estava envenenando a água, e que isso estava trazendo problemas", disse Bruno.
Segundo o delegado, uma sobrinha de Damião disse que o tio falou esta semana que iria morrer. Após atear fogo na creche, o vigia chegou a ser internado, mas morreu no hospital algumas horas depois.
Ainda segundo informações dadas pela família à polícia, Damião estava sem trabalhar há oito dias e estava desaparecido - por isso, a diretora da creche pediu que ele levasse o atestado médico ao trabalho.
Hoje de manhã a diretora pediu que ele levasse o atestado, e ele disse que não precisava se preocupar com ele, porque ele era um sujeito sozinho. Porém, ele chegou na creche, de mochila, nem tirou o capacete, fechou as portas e já ateou fogo em uma funcionária que estava na cozinha", conta o delegado.
A perícia indica que ele fechou três salas da creche, onde havia entre 55 e 60 pessoas, segundo o delegado Bruno. O homem teria ainda segurado as crianças, impedindo que elas saíssem. Uma professora tentou conter a ação de Damião e chegou a lutar com ele; ela está internada em estado grave em um hospital.

"Tenho plena convicção de que o crime foi premeditado, ele escolheu a data de dia 5 de outubro porque o pai dele morreu no dia 5 de outubro, há três anos", disse o delegado.
Fonte G1

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