O Brasil precisará construir outras três
hidrelétricas equivalentes a Itaipu para suprir a demanda prevista de
energia em 2021, afirma um estudo divulgado nesta quarta-feira pela
estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE).Segundo
as previsões do organismo, o consumo de energia elétrica no País
crescerá a uma taxa média de 4,5% por ano na próxima década, por isso
saltará dos 472 mil gigawatts hora (GWh) em 2011 até 736 mil gigawatts
hora em 2021.Isso significa que a demanda de
energia em 2021 será em 56% superior à do ano passado e que o Brasil
terá que aumentar a energia gerada em 264 mil gigawatts hora nos
próximos dez anos.Esse volume equivale ao produzido
por três hidrelétricas de Itaipu, a segunda maior hidrelétrica do
mundo, compartilhada pelo Brasil e o Paraguai, e que no ano passado
gerou uma média de 92.245 gigawatts por hora.Parte
da nova energia demandada em 2021 será atendida pelas três grandes
hidrelétricas que o País está construindo na Amazônia e que entrarão em
operação nos próximos anos: Belo Monte, Santo Antônio e Jirau.Apenas
Belo Monte, uma polêmica construção sobre o rio Xingu muito criticada
por ecologistas e indígenas, oferecerá 39.360 gigawatts hora a partir de
2015.Segundo o estudo da EPE, o crescimento do
consumo anual de energia do Brasil (4,5% ao ano) ficará abaixo do
crescimento econômico médio ao ano previsto para o período (4,7%).O
setor comercial será o que mais impulsionará o crescimento do consumo
de energia no Brasil na próxima década, com um aumento de sua demanda de
5,8% ao ano, seguido pelo setor residencial (4,5%) e pela indústria
(4,4%)."Apesar do elevado aumento do consumo do
setor de comércio e serviços, a indústria se manterá como o setor
responsável por quase a metade do consumo total de eletricidade do País
em 2021", segundo o estudo do organismo estatal.O consumo da indústria saltará de 225 mil gigawatts hora em 2011 até 346 mil gigawatts hora em 2021.Outros segmentos devem aumentar o consumo em 3,6%, passando de 61 mil GWh para 87 mil GWh.A
EPE ainda estima um expressivo aumento da autoprodução, em torno de
6,8% ao ano, em média, passando de 41,5 mil GWh estimados em 2011 para
79,8 mil GWh em 2021. "Com isso, a participação desta fatia da geração
no consumo total de eletricidade do País crescerá dos cerca de 9%
verificados nos últimos anos para 11%, aproximadamente, ao final do
horizonte", disse a EPE em nota.Com informações da EFE
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