sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Pontes construídas no século passado são responsáveis por agonia de viajantes na MT 208

 


Onde a água levou o bueiro ou a ponte, os córregos são tapados por uma pá carregadeira pública, impedindo a circulação da agua
 
Crédito: Luiz Bacanelo   
Moradores da região olham desolados o local onde a ponte rodou

Inúmeras pontes cederam e deixaram  cerca de 220 veiculos de trasporte de cargas, 155 veiculos de passeio tentando chegar a Alta Floresta. Quase o mesmo numero, desde segunda feira tentando chegar aos Municipios de Apiacás, Nova Monte Verde e Nova Bandeirantes. Alguns caminhões e seus motoristas com mais de oito dias na estrada. Familias inteiras sofrendo as margens da MT 208, desde segunda Feira.

Máquinas rebocando caminhões em atoleiros. Pontes com mais de 15 anos quebradas em córregos que cruzam a estrada.   Onde a água levou o bueiro ou a ponte, os córregos são tapados por uma pá carregadeira pública, impedindo a circulação da agua, anunciando novos alagamentos da estrada e novamente o isolamento de mais de 20 mil pessoas, com sofrimento para quem esta transitando na MT 208, estrada estadual sem asfalto.

Motoristas e Passageiros revoltados: “Tenho fazenda na região. Moro em Alta Floresta. Estou a dias na estrada. È uma vergonha. Um dia vamos ter Deputado e Governador na região. Isto aqui é um descaso”, diz um cidadão revoltado.

“ Olha . Sinceridade, tem que trazer os politicos com mandato aqui para eles verem a situação”, reclama uma senhora com um filho de colo e as pernas inchadas devido a picadas de apium, mosquito tipico da região. Um assessor de um Deputado da Região ouve o papo. Entra no veiculo, e sai em direção a Alta Floresta, como se fosse chegar sem encontrar mais aglomerado de pessoas e veiculos. Motoqueiros passam e trazem a informação dos pontos criticos da estrada.

O Povo continua revoltado e denuncia em voz alta: “Tem que publicar o nome de quem esta ganhando dinheiro para dar manutenção nas pontes”, diz um cidadão enquanto cita o nome de uma fruta. Ele esclarece o porque da piada e promete enviar a imprensa provas de superfaturamento  ao longo dos anos na manutensão da estrada.

A estrada é liberada. 20 quilometros a frente, nova ponte quebrada, horas de espera. Gambiarra feita. A viagem segue. O comboio do descaso é unido, divide o pouco alimento e agua potavel restantes. Um socorre o outro.  Cruzamos o Rio São João  já em solo Novabandeiranteses. A Agua do Rio cruza a estrada em cinco pontos diferentes em menos de um quilometro de estrada.

A viagem segue cruzando pontes de madeira branca sem manutenção, pelo visto construidas  a decadas. Um caminhão baú com mercadorias, vira casa e protege cidadãos da chuva que começa a cair.

Cinco dias depois, finalmente o comboio dos esquecidos chega finalmente a Nova Bandeirantes, cidade Norte Matogrossense em situação de emergencia. Na cidade falta gasolina. Moradores estão em desespero. Depois de um dia de sol a chuva inicia, prenunciando mais uma semana de sofrimento e isolamento. Pode faltar alimentos.

 
Fonte: ExpressoMT / Luiz Bacanelo

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