Inúmeras pontes cederam e deixaram cerca de 220
veiculos de trasporte de cargas, 155 veiculos de passeio tentando
chegar a Alta Floresta. Quase o mesmo numero, desde segunda feira
tentando chegar aos Municipios de Apiacás, Nova Monte Verde e Nova
Bandeirantes. Alguns caminhões e seus motoristas com mais de oito dias
na estrada. Familias inteiras sofrendo as margens da MT 208, desde
segunda Feira.
Máquinas rebocando caminhões em atoleiros. Pontes com mais de 15 anos quebradas em córregos que cruzam a estrada. Onde
a água levou o bueiro ou a ponte, os córregos são tapados por uma pá
carregadeira pública, impedindo a circulação da agua, anunciando novos
alagamentos da estrada e novamente o isolamento de mais de 20 mil
pessoas, com sofrimento para quem esta transitando na MT 208, estrada
estadual sem asfalto.
Motoristas
e Passageiros revoltados: “Tenho fazenda na região. Moro em Alta
Floresta. Estou a dias na estrada. È uma vergonha. Um dia vamos ter
Deputado e Governador na região. Isto aqui é um descaso”, diz um cidadão
revoltado.
“
Olha . Sinceridade, tem que trazer os politicos com mandato aqui para
eles verem a situação”, reclama uma senhora com um filho de colo e as
pernas inchadas devido a picadas de apium, mosquito tipico da região. Um
assessor de um Deputado da Região ouve o papo. Entra no veiculo, e sai
em direção a Alta Floresta, como se fosse chegar sem encontrar mais
aglomerado de pessoas e veiculos. Motoqueiros passam e trazem a
informação dos pontos criticos da estrada.
O
Povo continua revoltado e denuncia em voz alta: “Tem que publicar o
nome de quem esta ganhando dinheiro para dar manutenção nas pontes”, diz
um cidadão enquanto cita o nome de uma fruta. Ele esclarece o porque da
piada e promete enviar a imprensa provas de superfaturamento ao longo dos anos na manutensão da estrada.
A
estrada é liberada. 20 quilometros a frente, nova ponte quebrada, horas
de espera. Gambiarra feita. A viagem segue. O comboio do descaso é
unido, divide o pouco alimento e agua potavel restantes. Um socorre o
outro. Cruzamos o Rio São João já em solo Novabandeiranteses. A Agua do Rio cruza a estrada em cinco pontos diferentes em menos de um quilometro de estrada.
A viagem segue cruzando pontes de madeira branca sem manutenção, pelo visto construidas a decadas. Um caminhão baú com mercadorias, vira casa e protege cidadãos da chuva que começa a cair.
Cinco
dias depois, finalmente o comboio dos esquecidos chega finalmente a
Nova Bandeirantes, cidade Norte Matogrossense em situação de emergencia.
Na cidade falta gasolina. Moradores estão em desespero. Depois de um
dia de sol a chuva inicia, prenunciando mais uma semana de sofrimento e
isolamento. Pode faltar alimentos.
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