quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Em Colniza, elefante branco rende prejuízos de R$ 3 milhões aos cofres públicos

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Escrito por Ivonei Cheminski Fonte: Jornal Quinzenal de Colniza  

Foto de Ivonei Cheminsk
Quem chega no distrito de Guariba, a 160 km de Colniza, extremo norte de Mato Grosso, se depara com a obra federal paralisada do Projeto Biodiesel, chamada pelos moradores de “Elefante Branco”. O projeto, que deveria ser responsável pelo desenvolvimento econômico da comunidade e região, é símbolo do desperdício de dinheiro público: R$ 3,16 milhões jogados no lixo.
Oito anos depois do início da construção, em meados de 2003, a fábrica permanece desativada.
O projeto foi criado após a inclusão de Guariba no programa Luz para Todos, do Governo Federal. Pelo convênio firmado entre a Eletronorte, Universidade Federal de Mato Grosso e e Fundação Uniselva, no local seria desenvolvido uma unidade de produção de óleos e biodiesel a partir de culturas locais como amendoim, mamona, castanha do Pará entre outros que seriam cultivados pela cooperativa Comigua, criada pelos guaribenses para assumir a operação da usina...

Foto de Ivonei Cheminski
Em tese o projeto era perfeito. Comprar as matérias primas produzidas pelos agricultores e produzir óleo e outros produtos derivados dos vegetais resultaria na geração de empregos diretos e lucros aos cooperados que, com suas terras produzindo, venderiam as sementes trariam melhor qualidade de vida ao distrito.
Segundo dados divulgados pela UFMT, o investimento foi alto: a Eletronorte investiu R$ 2,8 milhões, a UFMT R$ 320 mil e a Uniselva R$ 40 mil reais, dinheiro que traria progresso ao Guariba e faria uma região tão distante um exemplo de desenvolvimento.
Com capacidade  de produção estimada em 1,6 mil litros por dia de biodiesel e a busca de apoio junto a órgãos como Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Embrapa e Empaer o projeto atraiu além dos moradores locais pessoas de outras regiões, inclusive dos setor urbano de Colniza que chegaram e adquiriram terras na esperança de que tirariam a “sorte grande” produzindo a matéria prima. Tudo não passou de um sonho.

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