Escrito por Ivonei Cheminski Fonte: Jornal Quinzenal de Colniza | |
Quem
chega no distrito de Guariba, a 160 km de Colniza, extremo norte de
Mato Grosso, se depara com a obra federal paralisada do Projeto
Biodiesel, chamada pelos moradores de “Elefante Branco”. O projeto, que
deveria ser responsável pelo desenvolvimento econômico da comunidade e
região, é símbolo do desperdício de dinheiro público: R$ 3,16 milhões
jogados no lixo.
Oito anos depois do início da construção, em meados de 2003, a fábrica permanece desativada.
O
projeto foi criado após a inclusão de Guariba no programa Luz para
Todos, do Governo Federal. Pelo convênio firmado entre a Eletronorte,
Universidade Federal de Mato Grosso e e Fundação Uniselva, no local
seria desenvolvido uma unidade de produção de óleos e biodiesel a
partir de culturas locais como amendoim, mamona, castanha do Pará entre
outros que seriam cultivados pela cooperativa Comigua, criada pelos
guaribenses para assumir a operação da usina...
Em
tese o projeto era perfeito. Comprar as matérias primas produzidas
pelos agricultores e produzir óleo e outros produtos derivados dos
vegetais resultaria na geração de empregos diretos e lucros aos
cooperados que, com suas terras produzindo, venderiam as sementes
trariam melhor qualidade de vida ao distrito.
Segundo
dados divulgados pela UFMT, o investimento foi alto: a Eletronorte
investiu R$ 2,8 milhões, a UFMT R$ 320 mil e a Uniselva R$ 40 mil
reais, dinheiro que traria progresso ao Guariba e faria uma região tão
distante um exemplo de desenvolvimento.
Com
capacidade de produção estimada em 1,6 mil litros por dia de
biodiesel e a busca de apoio junto a órgãos como Ministério do
Desenvolvimento Social (MDS), Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), Embrapa e Empaer o projeto atraiu além dos
moradores locais pessoas de outras regiões, inclusive dos setor urbano
de Colniza que chegaram e adquiriram terras na esperança de que
tirariam a “sorte grande” produzindo a matéria prima. Tudo não passou de
um sonho. |
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Em Colniza, elefante branco rende prejuízos de R$ 3 milhões aos cofres públicos
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