sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Mais informações sobre a Prisão dos Assaltantes de bancos


Integrantes da "Quadrihla do Cangaço" que atuava em Mato Grosso


As agências bancárias de Nova Mutum, Aripuanã e Campo Novo do Parecis foram alvos de criminosos que agem na modalidade “Novo Cangaço”, cuja ação criminosa causa terror à população. São quadrilhas fortemente armadas com fuzis e submetralhadoras que utilizam pessoas como escudo de proteção, inviabilizando qualquer intervenção policial no momento.

fonte 24 Horas News

A Polícia de Mato Grosso apresentou nesta sexta-feira 10 criminosos que integravam a “Quadrilha do Cangaço”, responsável pelo assalto, com requintes de brutalidade e violência, às agências bancárias de Aripuanã, no Noroeste de Mato Grosso; Nova Mutum, no médio-norte; e Campo Novo dos Parecis, no médio-Leste. Com eles foram apreendidos uma submetralhadora, três pistolas e uma carabina. O dinheiro do assalto foi convertido em vasto patrimônio, entre eles, um veículo Mercedes e outros carros de luxo e de alto valor.

A quadrilha era liderada por Sílvio César de Araújo, 37 anos, o “Cabelo de Bruxa”, bandido com vasto histórico criminal. O acusado foi investigado e indiciado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), órgão da Policia Civil, em 2003, quando foi apreendido em poder de sua quadrilha 5 fuzis AK-47 calibres 762, 2, espingardas calibres 12 e 1 pistola calibre 40. O armamento seria usado para roubar agências bancárias instaladas na cidade de São José do Rio Claro.

“Esse indivíduo articula assaltos no Estado e traz pessoas para atuar aqui. Ele viabiliza a logística para os crimes” - informa o delegado Luciano Inácio, um dos responsáveis pelas investigações.
As agências bancárias de Nova Mutum, Aripuanã e Campo Novo do Parecis foram alvos de criminosos que agem na modalidade “Novo Cangaço”, cuja ação criminosa causa terror à população. São quadrilhas fortemente armadas com fuzis e submetralhadoras que utilizam pessoas como escudo de proteção, inviabilizando qualquer intervenção policial no momento.

Também compõem a quadrilha Sérgio Nunes da Silva, 26, o “Lacraia”; Sinval Machado Xavier, 29, o “Sinval”; Divino Marino de Araujo, 68, pai do Silvio César; Paulo Alves de Souza, 44, “Tiozinho”; Marcos Antonio de Assis Machado, 27, o “Marcão; Fernando Cícero de Oliveira Mendes, 24, o “Fernando Bombado; José Hamilton da Silva, 24, o “Ceará” - também atende por Severino Rodrigues da Silva; Jefferson Ferreira de Arruda, 25, o “Ereca”; e Clóvis da Silva Veiga, 26, o “Branquinho.

Todos foram presos na Operação “Lacraia”, realizada silenciosamente nas cidades de Cuiabá, e Várzea Grande, onde os acusados mantêm residências. Quatro integrantes nasceram em Mato Grosso e os demais no Distrito Federal, Goiás, Ceará, Rondônia e Minas Gerais. Os acusados tiveram mandados de prisão temporária decretados pela Justiça e ficarão presos por 30 dias.

Os policiais do GCCO e do Grupo de Operações Especiais cumpriram também mandados de buscas e apreensão em várias propriedades dos suspeitos, onde foram encontrados a armamento, R$ 14,4 mil, e sete veículos adquiridos com o dinheiro roubado. Eles usavam uma caminhonete L200 Triton, um Renault Sandero, um Astra, um Mercedes, um Saveiro, um Gol, um Fiesta e motocicleta XT 670. Eles também tinham vários aparelhos celulares, diversos cartões de créditos para celulares, munições, lanterna, roupa camuflada.

O delegado Luciano Inácio, um dos responsáveis pelas investigações, disse que todos os presos integram uma quadrilha organizada, que tem o crime como meio de vida, tanto que nenhum deles exerce qualquer tipo de atividade lícita.

De acordo com as investigações, a carreira criminosa de Silvio César de Araújo é espelhada na trajetória de seu irmão José Maria de Araújo, ladrão de banco condenado a quase 100 anos de prisão. Ele encontra-se recolhido no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Estava no presídio de Papuda, no Distrito Federal, mas teria ameaçado de morte o diretor dessa penitenciária e, em razão disso, foi transferido para Mossoró.

A expressão “Novo Cangaço”, é uma alusão às ações criminosas praticadas por cangaceiros que, no século passado, agiam em grupos e fortemente armados para roubar e espalhar terror no agreste pernambucano, sendo que o seu maior expoente foi Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Entre os anos de 1998 a 2010, foram contabilizadas 25 ocorrências em cidades do interior do Estado de Mato Grosso.

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