Deputados e senadores decidiram ajudar suas legendas e turbinaram, durante a votação do Orçamento de 2011, o Fundo Partidário com um aumento de R$ 100 milhões.
O reforço pode ser a saída para que os partidos paguem as dívidas da corrida presidencial. A alternativa, que segundo líderes partidários é recorrente, representa uma espécie de "estatização" dos gastos de campanha.
Ao todo, o fundo tem uma previsão orçamentária de R$ 301 milhões, sendo R$ 265 milhões com origem no Orçamento da União e R$ 36 milhões referentes à arrecadação de multas eleitorais.
A proposta encaminhada pelo governo era de R$ 165 milhões do Orçamento. Na Comissão Mista do Orçamento, o valor passou por reajuste de 62%, contando com mais R$ 100 milhões.
Os recursos podem ser aplicados na manutenção das sedes, pagamento de pessoal e campanhas eleitorais, o que possibilita o uso para quitar as dívidas.
Com débito de R$ 27,7 milhões pela campanha da presidente Dilma Rousseff, o PT terá a mais R$ 16,1 milhões, somando R$ 42,5 milhões.
O PSDB, com débito de R$ 9,6 milhões, teve a receita ampliada em R$11,4 milhões --total de R$30,3 milhões.
O PT afirmou que não pretende usar o fundo para quitar os compromissos de campanha. O PSDB disse que a prioridade é saldar a dívida.
Os integrantes da comissão preferem não revelar quem propôs o aumento.
A relatora do Orçamento, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), disse que a ideia já estava posta quando assumiu o posto em dezembro.
O deputado João Almeida (PSDB-BA) disse que a utilização do fundo para pagar dívidas já é uma prática.
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