quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Na história de um bilionário, Eike conta início com tiro que levou em Alta Floresta MT

Na história de um bilionário, Eike conta início com tiro que levou em Alta Floresta MT







Paulo Fridman/Corbis
Eike posa com o Pão de Açúcar ao fundo.

Empresário sempre se orgulhou de atuar em áreas diferentes e agora se arrisca na literatura

O empresário Eike Batista teve dois filhos e plantou muitas árvores – de dinheiro. Aos 56 anos, faltava ainda escrever um livro. Não mais. Eike Batista, o X da questão – A trajetória do maior empreendedor do Brasil (Sextante, 161 páginas, R$ 29,90) chega às livrarias neste mês. Entre um trecho e outro,  Eike lembra que chegou a levar um tiro pelas costas no garimpo em Alta Floresta, no Norte de Mato Grosso. Ele xingou um homem que lhe devia dinheiro e, ao se virar e sair caminhando, foi atingido. Por sorte, a lesão foi superficial. Eike diz a revista Época que ali aprendeu a ser gentil com as pessoas para não fazer inimigos. O símbolo máximo do capitalismo brasileiro inspira-se em Che Guevara para ilustrar a situação: “É possível endurecer sem perder a ternura”.
Foi no garimpo que Eike começou a construir sua fortuna. Ele conheceu garimpeiros que vendiam diamantes no Rio de Janeiro e passou a intermediar o negócio, encontrando compradores na Bélgica e em Portugal. Acabou abandonando a faculdade de engenharia pela metade e rumou para a corrida do ouro em Goiás, com US$ 500 mil emprestados de dois amigos relojoeiros. Enganado por um sócio, perdeu o dinheiro, e sua dívida chegou a US$ 800 mil.
A obra não entrará em detalhes sobre sua vida pessoal. Isso será tema de outra publicação, que, segundo ele,  será escrita pelo jornalista Alan Riding, do jornal The New York Times. O livro tampouco contém grandes segredos empresariais. Diz que seu objetivo foi inspirar jovens e ajudar empreendedores. “Muita gente já vinha falando para eu escrever o livro. A gente acaba servindo como exemplo”, diz ele.
O X da questão, uma alusão ao “x” presente no nome de todas as suas empresas (“x de multiplicação”, como explica no livro), foi organizado pelo jornalista Roberto D’Ávila, com base em conversas com o empresário. Eike diz que foi ele mesmo quem escreveu o livro – e não o amigo.
Com 18 anos, morando na Europa e recebendo uma mesada “que dava para apenas metade do mês”, Eike começou a vender seguros de porta em porta. Nessa época, ele diz que aprendeu a ouvir as pessoas, a compreender sinais faciais e a vender, claro. Afirma que levou essa experiência para toda a vida. A lição: “Acredite em si mesmo”.
Foi no garimpo que Eike começou a construir sua fortuna. Ele conheceu garimpeiros que vendiam diamantes no Rio de Janeiro e passou a intermediar o negócio, encontrando compradores na Bélgica e em Portugal. Acabou abandonando a faculdade de engenharia pela metade e rumou para a corrida do ouro em Goiás, com US$ 500 mil emprestados de dois amigos relojoeiros. Enganado por um sócio, perdeu o dinheiro, e sua dívida chegou a US$ 800 mil.

Com sua lábia de vendedor, segundo disse a revista Época, Eike conseguiu convencer os joalheiros a injetar mais dinheiro no negócio. “Aquele foi meu pri-meiro road show”, diz ele. Road show é o ritual que antecede o lançamento de ações no mercado financeiro, no qual a empre-sa procura possíveis compradores e fala sobre suas qualidades. Os amigos toparam, e Eike acabou transformando o prejuízo inicial em US$ 6 milhões. Daí não parou mais.
Nos primeiros 20 anos como empresário, acumulou uma fortuna pessoal de US$ 1 bilhão. Hoje, segundo a revista americana Forbe
s, seu patrimônio é estimado em US$ 30 bilhões. É tanto dinheiro que muitas vezes nem as máquinas aguentam. Ele conta que, em 2008, preencheu um cheque de R$ 700 milhões para pagar Imposto de Renda (sobre a venda de parte de um de seus negócios) e se viu numa situação curiosa. “Não havia no Rio de Janeiro uma caixa registradora capaz de computar tantos zeros. Parece brincadeira, mas tive de ir a São Paulo para que o cheque fosse liberado.”
O livro é repleto de outras passagens saborosas e de conselhos que esbarram em clichês. De acordo com a revista, seu maior mérito é ter sido escrito por alguém que efetivamente fez o que prega. As prateleiras de autoajuda estão cheias de livros que prometem fazer do leitor um milionário – mas escritos por pessoas que não chegaram nem perto do milhão. “Isso é 100% de incentivo para comprar. As pessoas sabem que eu fiz. Sou o empresário mais multifacetado do planeta. Construí 20 negócios multibilionários em áreas diferentes, começando do zero”, afirma Eike. Ele admite ter tido uma grande dose de sorte.
  fonte 24horasnews

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