O consórcio Teles Pires Energia Eficiente espera reduzir custos e aumentar a eficiência da hidrelétrica de Teles Pires (MT), de 1.820 MW, a partir de melhorias detectadas no modelo reduzido da usina, construído no Rio de Janeiro. O protótipo, feito na escala de 1 para 80, foi instalado no laboratório de Hidráulica Experimental de Furnas, na subestação de Jacarepaguá.
Segundo ele, não é possível precisar qual o ganho obtido na obra com a utilização do modelo reduzido. Sabe-se, porém, que o protótipo possibilita a redução de custos e de riscos do projeto, além de otimizar a obra, do ponto de vista da engenharia.
A primeira intervenção feita pelo modelo foi a modificação do canal de fuga da usina. “No modelo trabalhamos a geometria do canal de fuga para adequar à queda prevista no projeto”, explica Botelho. Os pesquisadores estão trabalhando agora nos cálculos relativos ao vertedouro. Também está sendo construído um segundo modelo, na escala de 1 para 60, onde serão feitos os estudos do túnel de desvio da hidrelétrica.
O modelo principal ocupa uma área de 360 m² e possui vazão de 262 l/s. Já o segundo protótipo terá uma área de 150 m² e vazão de 72 l/s. O valor dos investimentos nos modelos não pode ser revelado por questões contratuais.
O Teles Pires Energia Eficiente é formado por Neoenergia (50,1%), Furnas (24,5%), Eletrosul (24,5%) e Odebrecht (0,9%). O investimento previsto na hidrelétrica é da ordem de R$ 3 bilhões. A expectativa é que a obra seja feita em 46 meses, tempo recorde para usinas desse porte.
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