segunda-feira, 20 de junho de 2011

Vereadores são transferidos para o Pascoal Ramos

Os vereadores de Sorriso que se encontravam presos na Polinter foram recambiados para a Penitenciária do Pascoal Ramos. Já que ficou constatado que nenhum deles é portador de curso superior, regalia que garante aos presos temporários (aqueles ainda sob investigação) o direito a celas individuais que mais parecem uma sala. Gerson Frâncio (PSB), mais conhecido como Jaburu, Chagas Abrantes (PR) e Roseane Marques Amorim (PR) são os três vereadores detidos por ordem da juíza Nilza Maria de Carvalho, que determinou ainda a prisão da esposa do vereador Chagas Abrantes, Filomena Abrantes, que é empresária do ramo de comunicações.
O próprio Gaeco Grupo Especial de Atuação ao Crime Organizado, solicitou que os vereadores, por serem autoridades fosse encaminhados a Polinter, depois reviram a decisão e solicitaram que os mesmos fossem conduzidos a Penitenciária para aguardar a manifestação da Justiça que ao deflagrar a Operação Decoro (Condução ética de um mandato eletivo ou de ordem a ser cumprida).
O clima em Sorriso, 418 km de Cuiabá era neste sábado (18) de espanto pelos últimos acontecimentos, em que pese, há dias existirem denuncias, sem comprovação da crise política vivida no município que é um dos mais prósperos do Médio Norte de Mato Grosso por causa do seu desenvolvimento no agronegócio e na industrialização da produção e que envolveria o prefeito Chicão Bedin (PMDB) e alguns vereadores.
A capacidade política do município perante o cenário estadual é grande, sendo que na sede do município existe a representação de dois deputados estaduais, além de outros dois deputados federais que mantém a cidade e a região como sua base eleitoral.
O presidente da Câmara Municipal, Luiz Fábio Marchioro (PDT) convocou uma sessão secreta para apreciar os últimos acontecimentos e decidir o futuro dos vereadores que justamente foi abalado pela falta de decoro parlamentar e que está marcada para amanhã às 14:30hs. O problema é que já existem injunções sobre a capacidade da Câmara Municipal em tomar uma providência, diante da possibilidade de outros vereadores estarem também envolvidos nas investigações.
Se outros dois vereadores estiveram envolvidos, elevando o número para cinco edis, serão 50% da composição do Plenário, que tem 10 vereadores. O regimento prevê que a corregedoria da câmara pode pedir criação de uma comissão para investigar o fato denunciado. Se comprovada a culpabilidade, a comissão submete parecer ao plenário, e a conseqüência mais drástica, é a perda de mandato.

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