terça-feira, 2 de agosto de 2011

Câmara deve apurar envolvimento de vereadora em sequestro em MT

 

Vereadora foi presa por suspeita de participação no sequestro.
Filho de um fazendeiro foi sequestrado em Vila Bela, no interior do estado.

Fonte G1 MT
A Câmara de Vereadores de Vila Bela da Santíssima Trindade, a 562 quilômetros da capital, vai avaliar, na sessão de quarta-feira (3), a necessidade de criação de uma comissão processante para apurar o suposto envolvimento de uma vereadora no sequestro do filho de um fazendeiro do município. A vereadora e outros sete suspeitos, incluindo o marido e os sogros dela, foram presos na última sexta-feira (29). A parlamentar nega envolvimento no crime.

O presidente do legislativo municipal, Ediclei Lopes Coelho (PSB), disse em entrevista ao G1 que existe um consenso entre os vereadores da oposição e da situação sobre a necessidade de investigar o caso. “Estamos solicitando o afastamento da vereadora diante dos fatos apresentados pela polícia. Já há um entendimento sobre a situação dela. Poderemos afastá-la de imediato do legislativo”, comentou o presidente da Câmara.
Em depoimento à polícia, a vereadora negou qualquer colaboração com o crime e disse que estava próximo ao local do cativeiro porque teria ido dar um suporte ao marido, que estava com um dos pneus da moto furado. "A vereadora atuava dando todo o suporte para a quadrilha. Ela levava mantimentos e chegou a emprestar seu celular pessoal para fazer as ligações de resgate", descreveu a ação da vereadora o delegado Flávio Stringueta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). Segundo a Polícia Civil, o filho do fazendeiro, que tem 36 anos, ficou em cárcere privado por quase uma semana, após ser sequestrado no dia 24 de julho.



O delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Flávio Stringueta, disse, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (1º), que a família da vítima reconheceu a voz do companheiro da vereadora no momento do sequestro que ocorreu no último dia 24. O local do cárcere ficava dentro da própria fazenda do rapaz de 36 anos.
Ainda de acordo com o delegado, o marido da vereadora nasceu e morou por muito tempo na propriedade rural onde o crime aconteceu. Na época, os pais dele trabalhavam para a família do fazendeiro. Atualmente, a mãe era dona de casa, o pai atuava como pedreiro na cidade e o tinha como ajudante.
Em depoimento à polícia, os pais do sequestrado temiam que o filho fosse morto pela possibilidade de que o ex-funcionário suspeitasse ter sido reconhecido pela família, tanto que metade do valor pedido pelo resgate já teria sido sacado do banco. O dinheiro não chegou a ser entregue, pois o sequestrado foi encontrado antes.

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