Blairo elevou o tom ontem, no Senado, contra o governo Dilma. Quer que a presidente apresente, depois, o resultado das investigações contra os acusados de suposta corrupção no governo que acabaram sendo mandados embora. Foi o primeiro discurso duro do senador mato-grossenses em relação a presidente. Mandou recado que não está contente com a saída de Pagot do governo. Ele falou durante explicações do senador Alfredo Nascimento, do PR, que deixou o ministério dos Transportes devido as denúncias dos esquemas. Alfredo também bateu duro no governo e disse que o PR não pode ser tratado como "lixo".
O senador Reditario Cassol (PP-RO) também retirou sua assinatura do requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de irregularidades no âmbito do Ministério dos Transportes.
Para que uma CPI seja criada, é necessário que 27 senadores - um terço dos integrantes da Casa - subscrevam o pedido.
O líder do PSDB, Alvaro Dias, apresentou à Mesa o requerimento após o discurso do senador Alfredo Nascimento (PR-AM), que se defendeu, da tribuna, de acusações de irregularidades no Ministério dos Transportes, que motivaram sua demissão do cargo de ministro, no início de julho.
O pronunciamento de Alfredo Nascimento no Plenário se estendeu por toda a tarde, recebendo apartes com apoio por parte dos aliados do governo, com a solidariedade por integrantes do PR, e com apelos da oposição para que ele assinasse o pedido de CPI, possibilitando as investigações das denúncias pelo Senado.
Com a retirada da assinatura de Durval e Cassol, fica indefinida a criação ou não de uma CPI para investigar irregularidades no Ministério dos Transportes. Já que, na manhã desta quarta-feira, é possível que mais senadores desistam de apoiar a criação da CPI e retirem suas assinaturas e outros parlamentares decidam subscrever o pedido.
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