domingo, 21 de agosto de 2011

INIMIGOS DA BELO MONTE POR SER PROJETO INTEIRAMENTE NACIONAL





Setores do exterior pressionam
Norte Energia alerta: alternativas para atender à crescente demanda no país são mais caras
A Usina Hidrelétrica (UHE) Belo Monte enfrenta três inimigos, segundo o diretor de Relações Institucionais da Norte Energia, João Pimentel: o desconhecimento de alguns segmentos da população; a ideologia, para ele equivocada, da parcela da opinião pública que se recusa aceitar qualquer intervenção naquela região do país; e a oposição exercida por alguns setores empresariais do exterior, pelo fato de seu projeto ser inteiramente nacional.
Ele também ressaltou que, embora boa parte dos equipamentos que serão instalados no rio Xingu, Estado do Pará ter sido contratada em empresas multinacionais, ela está sendo produzida inteiramente no Brasil.
Crescente demanda
Para os que fazem oposição ao projeto, o executivo da Norte Energia argumenta que as alternativas para atender à crescente demanda no país, são mais caras, como as usinas nucleares, ou produzem mais danos ao meio ambiente, como as térmicas movidas a carvão ou a óleo diesel e óleo combustível.
A troca de uma grande hidrelétrica por pequenas unidades, segundo Pimentel, produz o mesmo dano ambiental, a um custo financeiro mais elevado. As declaração foram feitas durante entrevista coletiva concedida na Feira Internacional de Soluções para Obras & Infra-estrutura (Construction Expo 2011), realizada paralelamente à Feira Internacional de Peças e Serviços de Engenharia (M&T Peças e Serviços), entre os últimos dias 10 e 13 deste mês, em São Paulo, no Centro de Exposições Imigrantes.
Pimentel lembrou que o projeto da UHE Belo Monte - que foi desenvolvido sob a liderança do governo Federal, com a coordenação da Funai e apoio do Ibama - teve a preocupação de assegurar os interesses dos povos indígenas da região e de interferir minimamente no meio ambiente, além de garantir melhores condições de saneamento à população da área de influência da usina.
Apenas na área ambiental, a Norte Energia irá investir R$ 3,2 bilhões, a título de compensação pelo impacto ambiental resultante na construção da hidrelétrica na região. São recursos que serão destinados à saúde, habitação e na realocação das famílias que residem nas áreas que serão alagadas, explicou o executivo.
A primeira turbina de Belo Monte entrará em operação em fevereiro de 2015 e a sua 18ª unidade, em janeiro de 2019, período em que a demanda por energia elétrica terá dobrado no Brasil.
Pesquisas mostram que a demanda por energia irá crescer a um ritmo de 4,5% ao ano e em 2019, chegará a um índice per capita de 3.300 KW/h, muito abaixo da Espanha, por exemplo, que consome 5 mil KW/h, da Alemanha - 7 mil KW/h -, e quase um quarto do consumo per capita nos Estados Unidos, que é de 14 mil KW/h. São números que, segundo o executivo da Norte Energia comprovam a necessidade de uma usina com as dimensões da Belo Monte.
Maior aos produtos nacionais
A direção da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), que congrega 200 empresas e entidades, acredita que o setor público e o setor privado devem, com urgência, elevar seus investimentos em inovação e tecnologia, agregando valor aos produtos nacionais. Para a entidade, ainda falta muito para o país encarar isso como fator estratégico da política econômica e de ciência e tecnologia.
O setor produtivo tem de aumentar o nível tecnológico agregado aos seus produtos e serviços para escapar da dependência das commodities que hoje sustentam o crescimento econômico", disse Mario Barra, membro da diretoria e fundador da Anpei durante a Construction Expo, M&T Peças e Serviços e Congresso Sobratema, eventos da Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção realizadas entre 10 e 13 deste mês, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo.
Segundo Barra, é preciso atacar a questão tanto pelo viés de fomento, mostrando a importância de se investir em inovação tecnológica, como pelo viés político, melhorando as leis e os financiamentos para transformar conhecimento em produtos de qualidade para beneficiar a sociedade". Para o diretor, existem vários fatores que desestimulam investimentos e precisam passar por mudanças, como taxa de juros elevada, real valorizado, impostos elevados.
A Anpei, diz Barra, está fazendo sua parte. Pesquisa mostra que dos recentes R$ 32 bilhões investidos em inovação, R$ 14 bilhões foram do setor privado e, desse montante, 2/3 são provenientes de associados da entidade. Outra colaboração vem da

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