sexta-feira, 28 de junho de 2013

Fanatismo

O fanatismo aparece em diversas áreas, sendo mais forte nas religiões. Também podemos ver muito fanatismo na política, em torcidas de futebol e até em gêneros musicais.

"O fanatismo é a cegueira opcional, é a auto-prisão, a incapacidade de olhar para os próprias ideias e perceber que são relativas, que são transitórias, que seguimos aprendendo e evoluindo infinitamente, transcendendo e incluindo o que aprendemos em épocas anteriores". (Mario Fialho)

Andam junto com o fanatismo: a adoração aos líderes e a idealização de pessoas, ignorando totalmente seus aspectos negativos. A perda de visão crítica e do bom senso é unânime entre os acometidos pelo comportamento. Obviamente, a pessoa não percebe que, pouco a pouco, não formula frases próprias, mas sim - apenas repete frases prontas que foram suplantadas, voluntariamente ou por terceiros, em sua mente.

O fanático esqueceu que é livre e, assim, prefere estar acorrentado às suas ilusões.

O fanatismo é o estado psicológico de fervor excessivo, irracional e persistente por qualquer coisa ou tema. É extremamente frequente em paranoides  cuja apaixonada adesão a uma causa pode estar próxima do delírio.

Veja, não é como gostar de colecionar selos ou acumular conhecimentos em determinada área. O doente fanático geralmente vê o mundo de uma forma maniqueísta, ou seja, "eu sou bom e tudo mais é mau".

Perigos do fanatismo agudo: agressividade (que pode evoluir à violência); preconceitos desenfreados; ignorar informações; excessiva credulidade em um determinado sistema; ódio exacerbado; sistema subjetivo de valores;individualismo. Muitas vezes, o fanático isola-se de sua família e amigos, porque se convence que só há um caminho ou jeito para viver. Outras vezes, ele é que é isolado de seu meio - porque ninguém conseguiu conviver com "o mala", "o pentelho" ou "o bitolado", como é tido por quem não compreende seu real problema: a necessidade (que todos temos) de sermos aceitos e reconhecidos por um grupo.

2 comentários em “O Fanatismo e o Fanático”

  • 30 de abril de 2013 18:08
    Aurélio Costa Disse:
    Tudo acima é verdade.

    O fanatismo é um distúrbio psicológico, porque se trata de sentimentos e emoções, normalmente relacionadas à aceitação ou reconhecimento. O fanatismo pode ser coletivo ou individual.

    A psicologia argumenta haver cura para o distúrbio, um dos argumentos é o tratamento através do humor, no sentido da diversão. A falta de humor, diversão ou divertimento é quase unânime entre os fanáticos. Outro aspecto é tentar separar o fanático do grupo, pois vezes o fanatismo coletivo é contagioso, agrupando pessoas com o mesmo idealismo fanático.

    Sinceramente o fanatismo coletivo é sem a menor sombra de dúvidas, o mais preocupante. Além da falta de humor, outras características são quase imutáveis; agressividade, raiva, intolerância, radicalismo, preconceito e muitas vezes violência por vias de fato.

    Entretanto o assunto é interessante no aspecto deísta. Começo com uma pergunta; poderia um deísta ser fanático? Poderia! Fanatismo é um distúrbio; lembra? Só que não convém, pelo simples fato de nós deístas estamos pregados à razão e o fanático é desprovido do discernimento, então seria incoerente, mas não impossível.

    Deísmo é uma filosofia, não uma religião e sendo filosofia cabem ao deísta atitudes filosóficas dentro da essência deísta, como sempre falo, não basta apenas se dizer deísta, tem que compreender o que seja ser deísta. O fanatismo não cabe nos argumentos deístas por alguns fatores e um deles é o discernimento. A filosofia deísta só ira crescer se for difundida naturalmente, o deísmo ao contrário que se imagina, vem crescendo, a passos lentos é verdade, mas hoje somos mais numerosos que nos séculos XVI e XVII. Vou lhes dar um exemplo, outro dia meu primo que é mais que um irmão, comprou um adesivo pro carro “Deus é Fiel” e disse que iria me dar um de presente, eu respondi que não necessitava, (ele sabe que sou deísta, não sabe o que seja deísmo, embora eu já tenha explicado uma centena de vezes), então antes dele questionar, argumentei; “Deus é fiel, fiel a sua obra e eu faço parte dela, então não necessito da afirmação, eu simplesmente conheço sua fidelidade.”, quando não, outro dia, o adesivo havia sumido, entre um sorriso fino, me silenciei.

    O deísmo é sutil o fanático não.
    delete

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