Por Pedro Luiz Rodrigues
Não há, ainda, razão para desespero. Guardemos a exasperação para o segundo semestre quando, aí sim, podemos ter resultados econômicos verdadeiramente desanimadores.
A imprensa especializada tem apontado para a perspectiva de uma taxa de crescimento econômico entre zero, com tendência de declínio.
Em outras palavras, continuamos tendo a impressão de andar, mas só fazemos e nos enchafurdar no charco.
Como já aconteceu em 2010 e 2011, começamos o ano cheios de animação, com nossas autoridades esbajando otimismo, confiantes de que em termos de (des)crescimento econômico teríamos deixado para trás os dias de maior aflição.
Desta vez não fomos o otimismo excessivo contagiou até o Fundo Monetário Internacional, habitualmente comedido quando se trata de futurologia, que estimou o crescimento do Brasil em 2013, ao extraordinário nível de 3,5%.
Mas nos radares do mundo político, o que importa é que neste ano, o terceiro de enfiada, continuaremos garbosamente avançando para os lados, com crescimento miúdo e inflação graúda.
Aos pés dos ouvidos há quem, no Governo, bem enfronhado nos assuntos econômicos e financeiros, fale de perspectivas ainda mais sombrias de agora ao fim do ano ano.
Ontem, o Banco Central reduziu a previsão de crescimento do País (que já havia sido antes reduzida de 3,5% para 3,1%) para mais modestos 2,7%. E a inflação, esta continua firme, estimada em 6%.
Os dados que vêm da economia real indicam que a indústria está tendo um mês de junho pouco vigoroso. A venda de automóveis está em retração e o setor de eletroeletrônicas enfrenta uma situação verdadeiramente preocupante.
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