sábado, 8 de junho de 2013

Presidente da FUNAI deixa cargo após muitos desgastes


Marta Azevedo (Marcello Casal Jr/ABr) / Marcello Casal Jr/ABr











Em meio à onda de insatisfação de várias etnias indígenas no governo Dilma Rousseff, que vem mobilizando a Esplanada dos Ministérios, a presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marta Azevedo, deixou o cargo nesta sexta-feira. Quem comandará a fundação interinamente é a atual diretora de promoção ao desenvolvimento sustentável, Maria Augusta Assirati. "Informamos que, por razões de saúde, a presidenta da Funai, Marta Maria do Amaral Azevedo, entregou seu pedido de exoneração ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Esta decisão foi tomada por ela em virtude da necessidade de realizar tratamento médico que é incompatível com a agenda de presidenta", informa nota oficial da Funai.
"Maria Augusta e os demais diretores darão continuidade à missão da instituição na promoção e proteção dos direitos dos povos indígenas, com o compromisso de fortalecimento da Funai, mantendo o amplo diálogo com os povos indígenas, servidores e demais setores do governo", conclui a nota.
A mudança no comando da Funai ocorre uma semana após a morte do índio Osiel Gabriel da etnia Terena durante a reintegração de posse em uma fazenda na cidade de Sidrolândia (MS).
A Funai também foi duramente criticada por lideranças políticas de Mato Grosso devido aos critérios para criar novas áreas indígenas. O líder da oposição na Câmara, deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) participou, com parlamentares de vários Estados, de duas audiências com o vice-presidnete Michel Temer e ministros, onde criticaram os critérios da Funai para criar mais reservas indígenas, o que estaria trazendo "várias consequências negativas" para municípios, principalmente na economia, insegurança jurídica para donos de fazendas e redução de áreas destinadas para produção de alimentos.

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