terça-feira, 26 de abril de 2011

Empresário que pode virar senador deu calote em MS e MT SUPLENTE PODE ASSUMIR VAGA DA SENADORA MARISA SERRANO (PSDB-MS)


Fonte:paginaunica
O empresário Antonio Russo, que pode virar senador pelo Mato Grosso do Sul, causou prejuizos milionários ao estado vizinho e também ao Mato Grosso. Em 2009, uma de suas empresas, o frigorífico Independência entrou em recuperação judicial, deixando uma enorme lista de credores nos dois estados.

Somente em Mato Grosso, são cerca de 400 credores. Segundo a assessoria jurídica da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), na época o frigorífico fez um acordo de parcelamento da dívida em 24 meses, porém, pagou somente 6 parecelas. Hoje, os credores tentam fazer um novo acordo para recebimento do restante da dívida, que não vem sendo paga desde 2010.

Segundo informações do site Mídiamax, de Campo Grande (MS), Antonio Russo Netto alega distanciamento da direção da empresa. Ele joga o problema para cima dos próprios filhos, Miguel e Roberto, dizendo que os dois é que tomavam decisões no frigorífico como diretores principais.

Mas, informações legais põem em dúvida a afirmação de Russo Netto. Primeiro, na sua própria declaração de bens, como candidato a suplente de Marisa, em 2006, aparecem cotas do Independência no valor de R$ 47.9 milhões, em um patrimônio pessoal de R$ 52 milhões:

A dívida está em negociação até hoje. No último dia 3 de março, o Independência apresentou, mais uma vez, seu plano de recuperação judicial, aprovado pela Assembléia dos Credores do Mato Grosso do Sul. Para se ter uma idéia do curso das negociações, o termo se chama "Proposta de Modificação ao Plano Revisto". A proposta foi aprovada por 51,8% dos credores, depois de nove horas de discussão. Já em Mato Grosso, a situação está parada, a expectativa é que a partir de maio novas assembleias sejam realizadas, visando novo acordo para o pagamento do restante da dívida.

Pela proposta, um leilão judicial colocará à venda os ativos do frigorífico no país, avaliados em R$ 700 milhões. A unidade de Campo Grande, denominada fazenda Botas, área B, está orçada em R$ 44.699.314,00.

Segundo o pecuarista Léo Brito, da comissão de negociação da Famasul, parte das dívidas de até R$ 100 mil foi paga aos pecuaristas. "Aqui no MS, o frigorífico devia R$ 42 milhões, faltam ainda cerca de R$ 17 milhões. Para a maior parte dos produtores, a expectativa era receber R$ 150 mil. Nós recebemos R$100, o que atingiu a totalidade de crédito de 75% dos produtores. Para alguns grandes produtores, com dívidas de até R$ 11 milhões, está difícil receber, mas a maioria absorveu o prejuízo. Só ficaram em situação difícil aqueles produtores que venderam a totalidade do gado que tinham", explicou.

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