sexta-feira, 21 de maio de 2010

Maioria dos crimes é fraude em plano de manejo

Fonte MidiaNews


O superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso, Valmir Lemos, e o delegado Franco Perazzoni, concederam há pouco entrevista coletiva para falar sobre a Operação Jurupari. Segundo eles, mais de 60 pessoas já foram presas em Mato Grosso, Minas Gerais, Espírito Santos, São Paulo e Distrito Federal. Dois 91 mandatos de prisão preventiva, 80 são de pessoas de Mato Grosso.

Segundo Perazzoni, delegado do Meio Ambiente que investiga o caso há dois anos, o a maioria das práticas criminosas de dava através de fraudes em planos de manejo ambientais. Engenheiros florestais eram contratados por donos de áreas para elaborar inventários fraudulentos, ou seja, especificavam espécies de árvores que não existia na área com o objetivo de se obter créditos ambientais.

A partir disso, proprietários de áreas e madeireiros "esquentavam" madeira ilegal, geralmente retirada de áreas indígenas do Parque Nacional do Xingu, reserva Caiabi, na região de Apiacás; Cinta Larga, na região de Aripuanã, Juína e Colniza; e na região de Juruena.

No total, 68 empreendimentos apresentaram irregularidades, todos com laudos de manejo fraudados. Os danos ambientais, segundo a Polícia Federal, chegam, no mínimo, a R$ 900 milhões.

Servidores públicos

Segundo o delagado da PF, doze servidores públicos de Mato Grosso foram presos. Eles se utilizavam de influência política para obter vantagens e liberações de manejos e créditos ambientais. Em um dos casos ficou comprovado o pagamento de propina, no valor de R$ 5 mil para vistoria de uma área.

Entre os servidores que teriam sido presos está o ex-secretário de Estado de Meio Ambiente, Luiz Henrique Daldegam, que ficou sabendo da decretação de sua prisão preventiva por familiares, via telefônica, e se apresentou à Polícia Federal de Rondonópolis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário