quinta-feira, 17 de março de 2011

Senador critica construção da Hidrelétrica Teles Pires desvinculada de eclusa

Da Assessoria

A construção da Usina Hidrelétrica Teles Pires sem a edificação da respectiva eclusa foi motivo de protesto por parte do senador Jayme Campos (DEM-MT), da tribuna do Senado nesta quarta-feira (16). O parlamentar apontou o aumento significativo do custo do projeto com a construção posterior da eclusa.

Jayme Campos mencionou carta do ex-presidente da Comissão Pró-Hidrovia Teles Pires-Juruena-Tapajós, do Rotary do município de Alta Floresta (MT), Mário Nishikawa, divulgada em fevereiro, segundo a qual o sistema de eclusa terá de ser construído fora do leito do rio, o que acarretará a necessidade de escavações e a remoção de “grande volume de terra”. Custos extras com estrutura de apoio da construtora também foram incluídos entre os prejuízos econômicos, acrescentou o senador.

“Além de todas essas desvantagens, soma-se a perda de precioso tempo; terá que se enfrentar novas lutas não só para alocação de recursos financeiros mas também novas licenças ambientais, audiências públicas e batalhas judiciais com ONGs que defendem principalmente interesses contrários alienígenas”, protestou o senador.

Jayme Campos fez um apelo ao governo para que seja dada solução para o transporte hidroviário e alertou para a inexistência de um plano nacional específico para esse modal.

O senador reclamou, principalmente, da necessidade de os produtores mato-grossenses se verem obrigados a utilizar portos do Sudeste para o transporte da produção de grãos, combustíveis e fertilizantes. Ele defendeu uma vez mais o modal hidroviário, que poderá melhorar, na sua avaliação, o comércio internacional com países limítrofes. Isso porque, explicou o senador, os afluentes dos Rios Teles Pires e Juruena têm o maior potencial da Amazônia Legal, possibilitando o transporte da safra de grãos de Mato Grosso pelos portos do Norte do país.

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