quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Nortão: 60 casas e 15 madeireiras incendiadas; aviões combatem fogo nesta 5ª



Fonte: Só Notícias/Editoria (fotos: Só Notícias/Antonio Farias-Mutuca)

http://www.youtube.com/watch?v=yENNf28VClI

As chamas que aterrorizam os moradores de Marcelândia (210 km de Sinop) "entraram" noite adentro e serão combatidas, nesta 5ª feira de manhã, por dois aviões que, juntos, têm capacidade para jogar 4,5 mil litros de água. O "socorro" chegou tarde (fogo começou a ganhar grande proporção por volta das 12h), mas é indispensável porque o saldo do "incêndio gigante" é arrasador: pelo menos 15 madeireiras atingidas - maioria foi destruída totalmente. Outras tiveram parte da estrutura atingida. São cerca de 60 casas que também foram completamente destruídas. Um bar e uma mercearia também foram destruídos.

As primeiras equipes dos bombeiros e defesa civil chegaram esta tarde a Marcelândia. Um helicóptero está dando apoio. Os oficiais sobrevoaram a área e repassaram informações para as cúpulas e a Casa Militar do Governo Estadual que definiram a operação emergencial. "Montamos uma estrutura inicial de combate, orientando a população, atendendo prioridades. As chamas ainda estão e a situação continua crítica. Estamos fazendo combate efetivo ao fogo e trabalho preventivo. Mas ainda não temos em levantamento exato da área destruída. Mas é grande", afirmou, ao Só Notícias, o major Aluizio Metelo Junior, do Corpo Bombeiros, que está em Marcelândia.

As imagens são semelhantes a de um filme de terror. A destruição deixou rastro quilométricos. Conforme Só Notícias já informou, começou no lixão, perto do setor industrial e passou para algumas áreas rurais. O vento forte fez as chamas se espalharem e atingiram um barracão de madeireira passando para a primeira colônia (conjunto de casas de madeiras usadas pelos funcionários). As madeireiras e casas ficavam próximas uma das outras. As chamas altas e o vento forte fizeram com que, cada vez mais, o fogo aumentasse, causando muito mais destruição e desespero.

Marcelândia não tem Corpo de Bombeiros. Mas, sua gente, tem muita solidariedade. Não demorou muito para que dezenas de pessoas passassem a ajudar os que estavam na "linha do fogo". Móveis, roupas, comida e demais pertences eram retirados das casas e colocados no outro lado da rua. Pás carregadeiras arrastavam madeira e toras que estavam nos pátios de outras madeireiras. Parte dos maquinários também foi salva. Mas com o avanço rápido do jogo, pouco foi salvo. Alguns poucos tanques, rebocados com tratores e com bombas, jogavam pequena quantidade de água. A rede elétrica foi desligada para evitar mais problemas.

O desespero tomava conta de empresários, funcionários, mulheres, crianças. 84 foram encaminhadas para o hospital municipal, com intoxicação da forte fumaça e alguns com queimaduras. Cerca de 14 ainda permancem hospitalizadas para terem outros cuidados. Nenhuma corre risco de morte.

Mais de 100 pessoas desabrigadas foram levadas para escolas municipais e salão paroquial da Igreja Católica, onde ficarão nos próximos dias. Precisam de roupas e comida. Posteriormente, contarão com solidariedade para ganharem alguns móveis e recomeçarem a vida.

Ainda não é possível calcular o prejuízo com a destruição das madeireiras. Nesta 5ª, após os focos serem debelados, é que começa ser feito levantamento. A tragédia terá forte impacto na economia de Marcelândia, que tem a atividade florestal como um dos fortes pilares

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