terça-feira, 3 de agosto de 2010

Pecuaristas bloqueiam mais um frigorífico em MT


Produtores querem receber dívida de mais de R$ 6 milhões do grupo Quatro Marcos

Fonte Midianes/Acrimat


Depois de mais de 15 dias de negociação frustrada, pecuaristas de 13 municípios se mobilizaram e bloquearam a entrada de gado em pé no frigorífico Quatro Marcos, localizado em São José dos Quatro Marcos (315 km a Oeste de Cuiabá).

"Só saímos daqui depois que 100% das nossas dívidas forem pagas. Não aceitamos outra proposta", disse o presidente do Sindicato Rural de São José dos Quatro Marcos, Alessandro Casado. Segundo ele, uma comissão formada por pecuaristas da região tentou negociar com a direção do frigorífico uma dívida de R$ 6 milhões com cerca de 100 produtores, "mas não tivemos nenhuma manifestação por parte deles. Sendo assim, vamos continuar aqui por tempo indeterminado".

O movimento esta crescendo e a expectativa de que o número de representantes dos municípios da região cresça. Segundo Alessandro, estão participando do bloqueio pecuaristas de São José de Quatro Marcos, Mirassol D'Oeste, Rio Branco, Salto do Céu, Araputanga, Figueiropólis, Jauru, Porto Esperidião, Pontes e Lacerda, Comodoro, Cáceres, Vila Rica e Barra do Bugres.

Unidade

"Esses movimentos reforçam a unidade do pecuarista e demonstram que um pecuarista não fecha uma planta frigorífica, mas 100 pecuaristas fecham. Para isso, é necessário unificar nossa linguagem, para criar pressão. Nós não queremos prejudicar nenhum frigorífico, mas defender nossos direitos", disse o diretor da Acrimat, Jorge Pires de Miranda. Para ele, esses movimentos "vão se consolidar, pois os pecuaristas estão mostrando que unidos, com um só propósito, eles conseguem o que querem".

A situação é a mesma no município de Nova Monte Verde do Norte (968 km ao Norte da Capital), que desde o dia 23 de abril bloquearam a entrada de bois nos currais do frigorífico Arantes. A dívida do frigorífico com 40 produtores da região também é de R$ 6 milhões. "Só vamos sair daqui depois que toda a dívida for paga", garante o produtor e um dos líderes do movimento, Jeremias Prado dos Santos. Até agora, segundo Jeremias, nenhuma proposta foi apresentada pela direção do Arantes e, sem negociação, não haverá abate de boi.

Mais de 200 pecuaristas da região de Vila Rica (1.259 km a Nordeste de Cuiabá) também acampados em frente à unidade do frigorífico Quatro Marcos no mês de abril e bloquearam a entrada de gado na industria por 16 dias. Eles negociaram uma dívida de mais de R$ 12 milhões com 135 pecuaristas da região. O acordo firmado foi do pagamento de R$ 1 milhão aos produtores e o restante da dívida parcelado em 12 meses

Um comentário:

  1. Nosso governo, nao gosta da legalidade que tanto prega, ao contrario eh a ilegalidade que lhe da Ipobe.Porque se todos esses processos, que vao desde a simples retirada de um incra que eh o primeiro passo p/o o cidadao legalizar suas terras e ate a conclusao de um projeto de LAU, Geo, e consequentemente um manejo, ocorressem dentro do previsto, conforme as instruçoes, concerteza, nao haveria espaço, para os clandestinos, para devastacao, os "soldados da madrugada, do domingo do feriado" desapareceriam, porque eles nao precisariam se privar do convivio com a sua familia, para trabalhar escondido, eles nao teria motivos, nao seriam parceiros da devastacao. Esse tipo de operacao, esse circo que esta acontecendo hoje em Aripuana,essa tristeza em que pais de familia estao trancafiados juntos com bandidos, so acabara apartir do momento em que o governos em respeito ao cidadao fizer cumprir a leis e fazer com os processos de regularizacao e manejo, ocorra dentro dos prazos legais, inibindo a clandestinidade de forma legal e sustentavel, porque ninguem vai ficar de barriga vazia esperando projeto aprodecer em fundos de arquivos, por 05, 6 08 anos.a fome nao espera.SENHORES POLITICOS E ASPIRANTES A POLITICOS SE MEXAM. PRECISAMOS MUDAR ESSA TRISTE REALIDADE.

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