sexta-feira, 27 de maio de 2011

Itaipu levanta debate sobre expansão de hidrelétricas

Fonte monitor mercantil
O Brasil é um dos países que mais usa a fonte hidráulica para gerar energia - ao lado de Noruega e Canadá. No momento, o país está levando avante - embora ante muita oposição - as hidrelétricas de Belo Monte, no Rio Xingú, e Santo Antonio e Jirau, no Rio Madeira. Por essa importância no cenário mundial, Foz do Iguaçú (PR), base da binacional Itaipu, vai sediar, a partir de 14 de junho, o Congresso Mundial de Hidreletricidade Sustentável. Em vez de monólogo a favor da hidreletricidade, Itaipu quer ouvir também os críticos, como a entidade internacional WWF, que estará presente com seu diretor Joerg Hartmann.

Afirmam os organizadores: "O renovado interesse mundial pela hidreletricidade, impulsionado pela alta dos preços do petróleo, preocupações com a energia nuclear e a forte demanda por energia limpa, está levando muitos países a reavaliarem o seu potencial hidrelétrico inexplorado. O aproveitamento com sucesso deste potencial hidrelétrico para atender às necessidades de energia do mundo, que crescem rapidamente, será fundamental para a consecução dos objetivos de desenvolvimento desses países. O Brasil, como líder mundial no desenvolvimento da energia hidrelétrica, está fazendo grandes investimentos para assegurar seu suprimento de energia renovável através da hidreletricidade. Grandes investimentos estão sendo feitos também na África, Ásia e América do Norte".

E acrescentam: "A questão que se coloca é: como equilibrar de maneira efetiva as dimensões ambiental, social e econômica do desenvolvimento da hidreletricidade? Em escala global, os tomadores de decisão estão buscando clareza sobre o modo de superar as restrições de capital para investimento em projetos hidrelétricos. Qual a melhor forma de fornecer energia renovável sustentável, que aumenta a resiliência e adaptação às mudanças climáticas, oferece novas e lucrativas fontes de receitas pelo comércio transfronteiriço de energia e permite aos países aproveitar ao máximo as oportunidades de venda de créditos de redução de emissões?"

Recentemente, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, após informar que o Brasil só usou 1/3 de seu potencial hidrelétrico, revelou que o governo não tinha pretensão de explorar o total restante, mas apenas 60%, em virtude da crescente oposição ambiental. Temas como esse serão um prato cheio no congresso das hídricas.

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