quinta-feira, 28 de março de 2013

Eleição na Famato movimenta setor em MT

Imagem internet

fonte Circuitomt

No dia 14 de maio acontece a eleição da nova mesa diretora da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), entidade que aos 46 anos de história é considerada uma das mais importantes do Estado por agregar 87 sindicatos rurais. O pleito conta com a chapa comandada pelo atual presidente Rui Prado (PSD), que tem como principais apoiadores o atual presidente da Assembleia Legislativa José Riva (PSD) e o senador Blairo Maggi (PR), e de outro lado o vice-presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antônio Galvan (PDT), que em 2010 foi candidato a deputado estadual e conta com o apoio de políticos da base aliada de seu partido como o deputado estadual Zeca Viana.
 
“Estou me candidatando à reeleição. Quero mais uma oportunidade para contribuir para o desenvolvimento da agropecuária de Mato Grosso e concluir um ciclo que considero importante. A primeira gestão foi focada no saneamento administrativo e financeiro da entidade”, diz Rui Prado observando que foi preciso adotar medidas duras, mas necessárias no período em que está à frente da entidade. “O ciclo termina quando concluirmos este trabalho com os sindicatos rurais, criando condições para que eles possam melhorar sua representatividade nos municípios”, completa.
 
Com propostas parecidas, mas com um discurso mais combativo, o candidato da oposição Antônio Galvan garante que a instituição ainda precisa mudar muito para auxiliar de fato o setor. “Eu me considero apto para tomar a melhor decisão para ajudar o produtor rural. Nós temos que ampliar as atividades e ter uma maior transparência na gestão da Famato”, sugere o candidato, comparando a entidade a uma caixa-preta. “Queremos que o produtor se sinta definitivamente representado. Nós vamos garantir uma melhor condição e fortalecer os sindicatos rurais. Vamos dar a eles o apoio que merecem e não têm”, declara.
 
Para o cientista político Lourembergue Alves esta é a principal eleição de uma instituição privada em Mato Grosso, por conta da sua grande representatividade.  “Se levarmos em consideração todo o histórico político apresentado dentro da instituição vai ficar claro a importância política do cargo, principalmente por se tratar da maior classe produtora que garante os rendimentos do Estado. Desta forma os gestores da Famato concentram um grande poder nas mãos”, analisa o cientista chamando a atenção de toda a sociedade para ficar de olho nas eleições, já que a federação auxilia no gerenciamento econômico do Estado. 
 
“Levando em consideração a sua imensa responsabilidade de trabalhar em conjunto com a agropecuária e a agricultura, já que ambos trabalham com interesses muitas vezes distintos, o gestor tem que ter a capacidade de agregar estes interesses. Outro ponto bastante polêmico, mas definitivo para uma boa gestão, é que o presidente seja aberto o suficiente para receber críticas e desta forma transformar a instituição fomentando a democracia”, pontua. 
 
Ainda segundo o cientista político, as instituições de grande porte têm sido transformadas em vitrine política, sendo que muitos dos gestores destas intuições mais renomadas foram eleitos a cargos públicos após seus mandatos. E na Famato o quadro não é diferente. Os dois últimos ex-presidentes da federação se tornaram deputados. Zeca D’Ávila (DEM) foi deputado estadual e Homero Pereira exerce mandato na Câmara Federal.
 
“A Famato é um espaço cobiçado por partidos políticos, já que a sua representatividade não define uma eleição, mas claramente auxilia no resultado. Nesse jogo político todo, existem ganhos e perdas e todas as reivindicações dos seus filiados não morrem dentro da federação. Muitos deles extrapolam o próprio ambiente dos sindicatos e vão chegar inclusive ao Legislativo a partir da atuação na instituição. Então é preciso que o filiado fique atento para que suas reivindicações sejam atendidas, e que não sejam usados somente como trampolim para a política”, sintetiza.

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