quarta-feira, 6 de março de 2013

Falsificação de assinaturas em atas eleitorais pode custar mandato de Taque


Fonte odocumento
O deputado federal Valtenir Pereira (PSB) negou participação na denúncia feita à Justiça Eleitoral, apontando falsificação de assinaturas na ata de aliança da coligação que elegeu o senador Pedro Taques (PDT). Inicialmente denominado como uma dos responsáveis por ter endossado a tese, ele se defende de “traição” ao congressista e argumenta que estão querendo “fazer intriga”.
Apesar de ter sido arrolado como testemunha do caso, o parlamentar se limita a dizer que o fato não se confirma e que há a intenção de fazer “futrica” na sua relação política. O caso corre na Justiça desde 2010 e ganhou novo fôlego nesta semana, após determinação do juiz José Luiz Blaszak de realização de perícia grafotécnica, para averiguar a possível fraude.
Em 2010, no entanto, Valtenir havia confirmado que sua assinatura na ata da coligação “Mato Grosso Melhor pra Você” - PSB, PPS, PV e PDT - para o registro dos suplentes junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), podia sim ter sido falsificada, já possibilitando o pedido de impugnação da candidatura do pedetista.
A acusação partiu da coligação “Mato Grosso em Primeiro Lugar”, encabeçada pelo governador Silval Barbosa, e que tinha o ex-deputado Carlos Abicalil (PT) como um dos pretensos à cadeira no Senado Federal. A suspeita é de que a ata determinante da suplência de Taques tenha sido adulterada, trocando a ordem de nomes, de Paulo Fiúza e José Antônio Medeiros.
A intenção é que o senador perca seu mandato e ceda lugar a Abicalil, ocupante da terceira colocação na preferência do eleitorado no ano do pleito. A ação tramita em segredo de justiça. Na época, os advogados do petista, Renato Ribeiro e Heitor Corrêa da Rocha, afirmaram que os registros representavam atos nulos em função de possível crime eleitoral.
No primeiro registro, Taques tinha como suplentes Zeca Vianna (PDT) e Paulo Fiúza (PV). Entretanto, Viana deixou o posto para assumir a candidatura a deputado estadual e foi eleito. Com sua saída, o PPS indicou José Medeiros para a posição. A chapa ficou composta com Medeiros na primeira suplência e Fiúza na segunda.
No entanto, Fiúza afirma que houve erro material na ata de registro e que ele seria o primeiro suplente de Taques. A discussão na época foi criticada até por Percival Muniz, então deputado estadual e presidente regional do PPS. Ele reprovou a disputa entre Fiúza e Medeiros, bem como as declarações de Valtenir Pereira.
O agora prefeito de Rondonópolis argumentou que caso os envolvidos tivessem concentrado suas forças na disputa eleitoral, talvez tivessem conseguido eleger Mauro Mendes ao Governo do Estado, conforma cargo pleiteado no tempo.

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