Apesar de muitos brasileiros criticarem o fato de que o país não prende seus criminosos, a Organização das Nações Unidas (ONU) fez uma crítica oposta: a de que o Brasil faz uso excessivo da pena de privação da liberdade.
Um grupo de especialistas visitou o país por 10 dias e se disse "seriamente preocupado" com o excesso de penas de prisão. Segundo o relatório, o Brasil tem 550 mil pessoas na cadeia, sendo que 217 mil aguardam julgamento em prisão preventiva.
De acordo com os peritos, algumas melhorias aconteceram recentemente, como as alterações no Código de Processo Penal, em 2011, que fizeram da prisão preventiva um último recurso em crimes cuja pena é inferior a quatro anos. Na prática, porém, os especialistas dizem que isso não vem ocorrendo.
O fato de o Brasil ser signatário de um acordo que fornece proteção contra a privação arbitrária de liberdade e de permitir uma diminuição da pena de criminosos que decidem estudar também foi elogiado pela organização, mas foi reiterada a necessidade de muitas outras mudanças.
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