domingo, 27 de fevereiro de 2011

Briga entre "Representantes do Povo" na Câmara Municipal de Colniza, pagos para trabalharem em prol da comunidade com Dinheiro Público, foi a Cena e o "Exemplo" da Semana

Vereador ELPIDIO de camiseta vermelha


Vereadores trocam socos e pontapés durante sessão para abertura de CPI.

Socos e pontapés marcaram a sessão extraordinária na Câmara Municipal de Colniza (1006 km de Cuiabá) na tarde desta sexta-feira (24). O vereador Elpidio da Silva Meira (PR) agrediu o colega de partido José Anchieta Vieira chegando a causar um corte no rosto do parlamentar, encaminhado ao hospital da cidade.

O motivo da briga foi a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar Elpidio por quebra de decoro parlamentar. Anchieta denunciou o colega por agressão moral a Leonice Cordeiro Almeida, coordenadora do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) do governo federal.
A CPI teve o voto favorável de sete vereadores, ou seja, maioria absoluta, abstendo de votar apenas Elpidio e Anchieta, envolvidos diretamente no caso.

Em entrevista ao Olhar Direto, Anchieta informou que irá mover uma ação contra o parlamentar e a agressão também deverá resultar em mais um processo na Câmara contra Elpidio. O vereador agredido estava no hospital tomando soro quando conversou com a reportagem do site.

Outro parlamentar que acompanhava Anchieta no hospital Ademir Francisco Dias contou ao Olhar Direto que Elpidio já tem um histórico de violência e a vítima já vinha sendo ameaçado e tinha sofrido outras tentativas de agressão. “A sessão foi filmada e registrada e agora ficou confirmado quem é o louco da história. Elpidio é descontrolado”, afirmou.

A escrivã da delegacia de Polícia Civil do município, Elisane Cavaltanti, informou que o acusado foi levado para a delegacia, ouvido e liberado após assinar um Termo Circunstanciado. O delegado responsável pelo caso é Vinicius Francisco Prezotto. O parlamentar irá responder pelo crime de lesão corporal e deverá ser chamado ao Fórum da cidade para prestar depoimento sobre o caso.

A assessora jurídica da Câmara, Ieda Maria de Almeida Grabner, disse que está reunida com os vereadores e analisam quais serão as medidas tomadas contra o vereador, porém ainda não houve consenso sobre o assunto. Caso opte pela formalização da denúncia, uma nova CPI teria de ser aberta para apurar o caso. Porém, a advogada acredita que ainda hoje deverá ter um posicionamento do presidente do legislativo municipal, Jovani Pinho de Oliveira.

O presidente da CPI, Joel Candioto (PV), explicou também que o denunciado terá 10 dias, após ser notificado, para apresentar defesa. A CPI terá 90 dias para emitir parecer. Além de Joel compõem a CPI o vereador Raimundo Neto, relator da comissão, e Marcos de Jesus, membro.

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