terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Setor madeireiro deve crescer 10 vezes em 10 anos


Avaliação é do presidente do Centro de Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira, João Baldasso. Mudanças impulsionarão Estado

Ednilson Aguiar/Secom-MT
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A madeira é a principal renda de 40 municípios do Norte e Noroeste de Mato Grosso
O setor madeireiro de Mato Grosso deve crescer 10 vezes nos próximos 10 anos. A estimativa é do presidente do Centro de Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira (Cipem), João Baldasso.

Em entrevista ao MidiaNews, o empresário afirmou que existe uma expectativa de crescimento devido, principalmente, ao reflorestamento e ao uso cada vez mais comum do manejo florestal.

A técnica do manejo permite a exploração de uma área de forma racional, reduzindo o impacto ambiental.

Como se fosse um rodízio, as árvores vão sendo retiradas e, em seguida, plantadas outras. Até chegar ao final da área total de desmate, aquela primeira parte estará no ponto de corte novamente.

“O setor é promissor e estamos otimistas. Ele tem tudo para ser 10 vezes maior do que é hoje. Em um prazo de 10 anos, teremos condições de multiplicar nossa produção. Nesse período, vamos ter madeira de reflorestamento chegando e com volumes altos”.

"O setor é promissor e estamos otimistas. Ele tem tudo para ser 10 vezes maior do que é hoje"
As estimativas do presidente do Cipem é que, atualmente, cerca de 300 mil hectares estejam passando por reflorestamento.

Segundo a Associação de Reflorestamento de Mato Grosso (AreFloresta), são 60 mil hectares de teca, número que representa um crescimento de 20% entre 2007 e 2010; 100 mil hectares de eucalipto, crescimento de 163% no mesmo período; 45 mil hectares de seringueira, número estável. O pau-de-balsa é outra espécie que começa a apontar nas estatísticas de área plantada de forma significativa, com algo em torno de 3 mil hectares.

Madeira nativa 

Outro fator que contribuirá para o crescimento do setor, de acordo com Baldasso, é a redução do uso da madeira nativa.

“Nós temos uma situação de praticamente estagnação do uso da madeira nativa. Não está aumentando o volume de exploração, até diminuiu um pouco, e estamos caminhando para a sustentabilidade. Aí é que a madeira de reflorestamento entra como um diferencial, o uso dela vai diminuir a pressão para usar a madeira nativa”, avaliou.

A recuperação da economia internacional também deve ajudar no crescimento do setor.

“Os Estados Unidos estão começando a se recuperar. A exportação diminuiu bastante. A crise na Europa ainda deve durar mais três anos, mas é um ciclo e logo conseguiremos uma estabilização”, disse.

Números

Hoje, o setor madeireiro representa a quarta economia de Mato Grosso, perdendo apenas para a agricultura, pecuária e indústria. A madeira é a principal renda de 40 municípios do Norte e Noroeste do estado. 

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