
Mato Grosso tem um dos maiores depósitos de e fosfato e minério do mundo. A descoberta, comparada ao “pré-sal de Mato Grosso” pelo governador Silval Barbosa, foi anunciada nesta quarta-feira. O depósito de ferro é estimado em 11 bilhões de toneladas, com teor de 41%. Para entender a dimensão dessa descoberta, Carajás tem 3 bilhões de toneladas. O depósito de fosfato é cerca de 428 milhões de toneladas, com teor de 6%.
O relatório preliminar mostra uma área de 43 km². Segundo os técnicos, “um depósito de porte internacional, pela quantidade e pelo teor do bi-fosfato-ferro”. Mato Grosso consome atualmente 610 toneladas/ano. O depósito equivale, portanto, a 700 anos de consumo do Estado de Mato Grosso. Os dois depósitos estão localizados no município de Mirassol D’Oeste.
A descoberta refere-se a primeira fase de estudos que começaram há mais de 5 anos, quando o Governo iniciou a preocupar com o abastecimento de fosfato para a agricultura do Estado. Quando o Governo Federal iniciou o programa Fosfato Brasil, através da Serviço Geológico do Brasil, a CPRM, Mato Grosso foi o primeiro Estado da União a aderir ao programa.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, ressaltou a importância do anúncio levando em consideração o fósforo, que é um dos ingredientes do NPK, elemento macro da produção de grãos na região. Tratam-se dos adubos à base de Nitrogênio (N), Potássio (K) e Fósforo (P), que Mato Grosso pode passar a produzir.
"O Brasil consome fósforo importado até em Israel. Com essa descoberta o Estado deixa de ser importador e passa a ser exportador", afirmou. Rui Prado diz que a agricultura de Mato Grosso vai economizar R$ 400 milhões na agricultura por ano. “Se essa descoberta tivesse acontecido 10 anos atrás, nenhum produtor estaria endividado”, garante.
Quanto a pecuária, além da economia em torno de R$ 200 milhões/ano, Mato Grosso vai poder recuperar toda área degradada pelas pastagens, tendo um ganho ambiental sem precedente, ao mesmo tempo em que vai aumentar geometricamente a produção de carne.
O governador Silval Barbosa disse que a segunda fase será a de busca empresas que queiram beneficiar esses minérios e se instalar no Estado, gerando emprego e renda. Aliado a notícia do “pré-sal” de Mato Grosso, o governador informou ainda que, tinha recebido em seu gabinete os diretores da Fast Food (Sadia-Perdigão) que foram informar a expansão das plantas de produção no Estado. E pediu que o governo indicasse municípios que precisam de investimento para se recuperarem economicamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário