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O crédito habitacional deverá se tornar, no primeiro
semestre de 2013, a principal modalidade de crédito concedido às pessoas
físicas no âmbito do Sistema Financeiro Nacional. É o que prevê a Serasa
Experian, com base na análise da evolução dos saldos das modalidades das
certeiras de crédito divulgadas mensalmente pelo Banco Central. O crédito
imobiliário perdeu a liderança em junho de 2001.
De acordo com o levantamento da Serasa Experian,
considerando-se os saldos das carteiras do crédito concedido às pessoas
físicas, tanto com recursos livres quanto direcionados, o crédito habitacional,
que ocupava a quinta colocação em dezembro de 2008 (R$ 63 bilhões, 11,9% do
total), encontra-se agora (novembro de 2012) na segunda colocação com R$ 270
bilhões, representando 24,8% do crédito absorvido pelas pessoas físicas no
país.
De fato, o crédito habitacional, que encerrou 2008
na quinta colocação (11,9% do crédito às pessoas físicas), ultrapassou a
carteira de crédito rural e encerrou 2009 na quarta posição (14,4% do total).
Em 2010, pulou para a terceira colocação (17,8% do total) ultrapassando a
carteira de outros créditos. Terminou o ano de 2011 praticamente empatada com a
carteira de veículos (21,3% contra 21,4% do total), a qual ultrapassou logo no
primeiro mês do ano de 2012.
Por outro lado, a carteira de financiamento de
veículos (incluindo-se as operações de leasing),
que ocupava a primeira colocação em dezembro de 2008 (R$ 139 bilhões, 26,1% do
total), veio perdendo posições e, atualmente, ocupa a terceira colocação (R$
202 bilhões, 18,9% do total).
Vale notar que a diferença de
apenas 1,0 ponto percentual entre o crédito pessoal (atualmente a maior carteira
do crédito para as pessoas físicas), e o crédito habitacional tem se reduzido
em ritmo acelerado. Estava em 4,6 pontos percentuais em dezembro de 2011, vindo
de 8,5 pontos percentuais em dezembro de 2010. Assim, mantida esta tendência, o
crédito habitacional ultrapassará o crédito pessoal e se tornará a maior
carteira de crédito para as pessoas físicas em 2013.
Vários
fatores contribuíram para o crescimento do crédito imobiliário: a estabilidade
econômica, combinada com a manutenção do emprego e da renda, a alienação
fiduciária, que trouxe maior celeridade na execução da garantia, reduzindo
significativamente a inadimplência, estimulando os bancos a aumentarem a
oferta, os prazos e a reduzirem as taxas de juros.
“Com
a regulamentação total do cadastro positivo, em dezembro de 2012, o crédito
imobiliário conta com uma importante infraestrutura para assumir a liderança e entrar
em padrões internacionais. Apesar da grande expansão, o Brasil ainda possui
baixa relação de crédito imobiliário sobre PIB, 6,2%. Em países desenvolvidos
este percentual ultrapassa 50%. Existe um grande potencial de crescimento do
segmento imobiliário, em um mercado fundamentado em bases sólidas e com baixa
inadimplência. O cadastro positivo vai proporcionar um ambiente de negócios mais
sustentável, privilegiando o bom pagador“, apontou o presidente da Serasa
Experian, Ricardo Loureiro.
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