segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Moradores da gleba Suiá Missú ainda não receberam ajuda


Fonte rdnews
   Passados quase 2 meses do inicio da desintrusão de cerca de 7 mil famílias da gleba Suiá Missu, no povoado Posto da Mata, região do Araguaia, posseiros ainda não têm onde se instalar com os pertences, bem como amparo financeiro. De acordo com o deputado estadual Baiano Filho (PMDB), um dos parlamentares que lutam para resolver este impasse, o que houve naquela área se traduz em “cometer um crime contra o Brasil”.
   Para Baiano Filho, a postura do Governo Federal diante dos moradores do Posto da Mata é “injustificável”. Na opinião do parlamentar, sem a população que foi removida, a àrea perdeu o potencial de produção. “É injustificável o que aconteceu. Aquela área tem condições de produção, agora deixou ficou sem a população, e acredito que tinha, sim, a grande alternativa de acomodar a situação dos índios. Enfim, agora não tem mais o que lamentar”, declarou.
  Segundo Baiano, ainda há a possibilidade de sensibilizar a presidenta Dilma Rousseff (PT). O deputado disse que, durante a eleição da AMM a ser realizada no próximo dia 31, os prefeitos aproveitarão a oportunidade para elaborar um projeto, com o objetivo de angariar recursos em prol das famílias desabrigadas com objetivo de apresentá-lo à União. “O foco agora é trabalhar pela busca de recursos no que tange as áreas de habitação, pavimentação e saúde para reestruturar a vida daquelas pessoas”, defende.
  Na última quarta (23), o peemedebista manifestou preocupação quando se reuniu com o senador Blairo Maggi (PR) e ressaltou que os municípios vizinhos da gleba, Bom Jesus do Araguaia e Alto Boa Vista, não têm condições logísticas para comportar as famílias que se remanejaram para estes locais. Os desapropriados foram alojados em escolas, quadras de esporte, bem como abrigos improvisados. Estão sobrevivendo à base de cestas básicas provenientes do Governo do Estado, prefeituras e iniciativa privada.
 

   As famílias foram obrigadas, por meio de determinação judicial, a desocupar a gleba, tendo início à desintrusão em 10 de dezembro. Durante este processo, posseiros se recusaram a deixar o local, situação que culminou em troca de tiros entre a Força Nacional e produtores, na qual pessoas ficaram feridas. Os primeiros a serem retirados foram os fazendeiros com grandes propriedades; em seguida foram os pequenos e logo após os moradores de Posto da Mata. Em 4 de janeiro encerrou a desocupação.

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