terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Difícil de remover, tatuagem exige cuidados de vários tipos; saiba escolher



Foto 29 de 33 - A tatuadora, artista e empresária Carla Rissatto visita o Museu Tattoo Brasil, o primeiro do gênero da América Latina, sediado no Polaco Tattoo Shop, na região central de São Paulo Mais Leandro Moraes/UOL
"Fazer uma tatuagem é um marco na vida da pessoa", afirma a tatuadora Carla Rissato. "É como o rito de passagem tribal". Para conferir alguns desses momentos marcantes, a reportagem do UOL passou um dia inteiro no Polaco Tattoo Studio, em São Paulo. Não faltaram histórias e personagens que motivam a decisão de decorar o próprio corpo.
Segundo Carla, em sua experiência, a maioria decide fazer uma tatuagem por achar bonito ou para fazer uma demonstração de autoafirmação, mas não são poucos os que fazem para homenagear alguém, tal como pais e filhos, por exemplo.
Uma importante dica em uma lista de recomendações básicas para quem pretende ilustrar o próprio corpo é pensar bem antes de se tatuar. Principalmente se quiser reverenciar uma paixão. A dica sobre amor expressa no verso "que seja infinito enquanto dure" de Vinícius de Moraes é especialmente válida para a tatuagem, porque removê-la é uma tarefa cara, difícil e dolorosa.
A estudante Thamires Gomes diz que sonhava há tempos com a primeira tatuagem, mas tinha medo. "Não é um piercing, que eu posso tirar quando quiser", explica. Embora a vontade fosse maior do que o temor, a mãe não gostou nada da ideia e a menina teve que esperar até completar 18. "Ela queria escrever uma frase, e se depois se arrependesse?", justifica a mãe, Kelly Gomes.
Ela recuou e decidiu tatuar apenas uma pequena cruz em sua mão. Infelizmente ainda não era a vez dela. Atualmente, por determinação da Anvisa, antes de tatuar alguém, o profissional deve fazer uma entrevista na qual avalia, entre outros detalhes, as condições de saúde para o procedimento
Foi quando a jovem soube que possuía alergia a uma das substancias presentes na tinta, e foi informada que não poderia fazer a tatuagem.
Não tão jovem, o advogado Mauro Gonzaga, com 28, também estava na condição de marinheiro de primeira viagem no estúdio. "Há dez anos tinha vontade, mas faltava coragem", conta. No caso dele a mãe não atrapalhou, tampouco ele apresentou alergia a alguma tinta. O que não significa que tudo correu tranquilo.
Foi só a maquina tocar o braço para a ansiedade disparar. Por três vezes, Gonzaga beirou o desmaio. "Algumas pessoas chegam tão tensas que esquecem até de respirar", avalia Carla. Ela diz ainda que esse tipo de tensão é mais comum ocorrer entre homens, por eles se sentirem na obrigação de se mostrarem fortes.


Cuidados ao se tatuar
Desde de 2008, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou algumas regras para a prática da tatuagem, especialmente sobre as tintas e o uso de aparelhos.
Atualmente, tanto as tintas quanto os aparelhos precisam ter registro no órgão, que classificou a atividade como de alto risco. Segundo a Anvisa, essas medidas são necessárias pela dificuldade na fiscalização de estúdios, pois a profissão ainda não foi regulamentada.
A lista completa de determinações da Anvisa está disponível na internet e pode ser conferida no portal da agência.

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