Da assessoria
O presidente da Comissão Especial criada para discutir o Zoneamento Socioeconômico Ecológico de Mato Grosso (ZSEE/MT), deputado Dilceu Dal’Bosco (DEM), anunciou, durante sessão plenária realizada na manhã de hoje (16), que o projeto só será apreciado em segunda votação após as eleições de outubro.
Segundo o parlamentar, a prorrogação tem por objetivo “evitar o uso político da proposta”. “É um projeto que vai definir o futuro de nosso estado, tanto na questão econômica, pois define os limites da produção, quanto na ambiental. Por isso, precisamos evitar sua contaminação, por conta do processo eleitoral”, justificou.
O deputado argumentou ainda, que neste período, a Comissão Especial estará acompanhando as alterações propostas no Novo Código Ambiental Brasileiro, que, de acordo com relatório apresentado por Aldo Rebelo(PCdoB/SP), deverá devolver a autonomia aos estados no tocante as ações ambientais.
“O novo Código Ambiental trará avanços consideráveis para Mato Grosso, servindo como base para podermos avançar no nosso Zoneamento”, disse Dal’Bosco, ao avaliar que nos próximos meses “o parlamento terá mais tempo para discutir com a sociedade".
S E M A Na mesma sessão, o democrata falou de sua preocupação com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e das consequências da operação Jurupari. Segundo Dilceu, as prisões foram feitas com base em análises cadastrais, ou “virtuais”, como classificou o democrata, já que só agora o Ministério Público Federal teve acesso aos processos citados na operação.
“Ontem, durante visita a Sema, fui informado de que a suspensão dos 68 processos de licenciamento e exploração florestal, bem como as licenças, autorizações concedidas e os cadastros de consumidores de produtos florestais (CCSEMA), deve-se ao fato de só agora o processo ter sido encaminhado ao Ministério Público Federal. Ou seja, depois de todas essas prisões injustas, é que eles solicitaram os processos para uma análise criteriosa, física”, lamentou Dilceu.
O parlamentar declarou ainda, que a suspensão das autorizações está gerando pânico na região norte de Mato Grosso, uma vez que, sem a licença ambiental, várias empresas ameaçam parar suas atividades e demitir.
“Desde ontem estou recebendo telefonemas de prefeitos e lideranças políticas do nortão. Aripuanã, Alta Floresta, Sinop, Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde são algumas cidades que podem ter suas economias paralisadas por conta dessas suspensões”, alertou.
Para ele, o mais grave é o clima de "terror e medo" que contaminou toda a Sema. “Todo mundo tem medo de assinar alguma coisa, isso vai paralisar o estado e eu estou muito, muito preocupado. Lá, o clima é de abandono e eu estou com dó daqueles servidores", desabafou Dal’Bosco
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