quinta-feira, 17 de junho de 2010

Riva acusa Sema e Ibama por prejuízos ao meio ambiente

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual José Riva (PP), que presidiu audiência pública na Assembléia Legislativa sobre os impactos das operações da Polícia Federal em relação ao meio ambiente, disse que “a culpa pelos prejuízos causados ao setor em Mato Grosso é da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e do IBama". De acordo com ele os órgão "são omissos”.

Como exemplo, Riva falou dos prazos que a Sema leva para autorizar um manejo florestal (cerca de cinco anos) e para autorizar o desmatamento em alguma área (30 dias).


“O resultado da CPI da Sema, que nós fizemos aqui na Assembleia, foram 85 recomendações à Secretaria. A Sema seguiu a maioria das recomendações, mas ainda é atrasada em tecnologia. Não têm equipamentos para acompanhar a situação do meio ambiente em Mato Grosso”, afirmou.

Alvo de varias pressões, representações e criticas, o juiz federal Julier Sebastião da Silva, voltou a ser citado por vários participantes da audiência pública. Riva afirmou que o magistrado age de má fé e apenas por viés político. “Na Operação Curupira, os prejuízos foram altíssimos. Até hoje a economia do Estado sente no bolso as conseqüências. Mais de R$8 bilhões foram perdidos de pessoas. Várias pessoas perderam seus empregos e salários, por causa do consumo e dos impostos”, apontou Riva.

A Operação Curupira, desencadeada pela Polícia Federal, teve por objetivo prender pessoas envolvidas com a extração ilegal de madeiras, além de encontrar serrarias ilegais. A ação da PF foi desencadeada em 18 de agosto de 2008.


A operação contou com o apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e do Ministério Público Federal. Além dos município de MAto Grosso, Rondolândia e Aripuanã Mato Grosso, a PF cumpriu mandados em Giparaná (RO) e São Francisco (RO).

Estudos

O sociólogo Mauricio Munhoz, também presente na audiência pública, realizou um estudo desde o ano de 2005, quando foi desencadeada a Operação Curupira, com a prisão de mais de 200 pessoas. “De 2005 até 2010, foram perdidos, apenas em salários, R$ 1,2 bilhão. O juiz não pensou nos impactos econômicos, sociais e, também, psicológicos, causados com essa operação. Mas ela não é única. Em 2005, 66 mil pessoas estavam empregadas no setor madeireiro, hoje em dia, são apenas 36 mil”, explicou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário