terça-feira, 1 de junho de 2010

Engenheiros florestais presos questionam ação da PF e de juiz

fonte RDNEWS
Engenheiros florestais que tiveram seus nomes envolvidos na Operação Jurupari fazem um movimento no sentido de repudiar as prisões feitas pela Polícia Federal no último dia 21. Ontem(31), a Associação Mato-grossense dos Engenheiros Florestais (Amef), com o apoio do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agrononomia, realizou um debate com a participação dos profissionais da área que atuam na secretaria estadual de Meio Ambiente com o objetivo de esclarecer e se posicionar quanto ao escândalo.

O encontro foi realizado dez dias após a operação. No evento, eles questionaram a ação da polícia e os mandados de prisão assinados pelo juiz federal Julier Sebastião da Silva. Para eles, os 43 engenheiros foram presos em condições sub-humanas. Uma das situações que ganhou destaque, por exemplo, foi a raspagem de cabelo de 23 detidos no "Ferrugem", uma unidade prisional localizada em Sinop.

Também questionam a falta de informações sobre os verdadeiros motivos das prisões. Querem saber, inclusive, se as informações que embasaram os mandados de prisão foram feitos ou avaliados por técnicos da área. O presidente da Amef, Joaquim Paiva de Paula, é quem lidera a manifestação de 100 profissionais e critica a falta de informações. Para ele, muitas prisões acontecem de forma "exagerada", principalmente pelo fato de atribuírem aos engenheiros a função de averiguar a autenticidade das documentações necessárias para a liberação de uma licença, por exemplo. Os engenheiros também acreditam no viés político dado às funções que são técnicas.

No sábado (29), a categoria já havia assinado uma moção de repúdio em que apontaram sete razões que ferem os princípios "constitucionais de liberdade, dignidade e direitos individuais e coletivos".

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