quarta-feira, 16 de junho de 2010

PF prende quadrilha que fraudava concursos há pelo menos 16 anos

Fonte: Gazeta do Povo Online

Horas após os agentes da Polícia Federal deflagrarem a Operação Tormenta, que investiga supostas fraudes em concursos públicos no país, o comando da PF em Brasília revelou que a quadrilha envolvida no caso atuava há pelo menos 16 anos na violação de provas.
Nesta fase da investigação foram expedidos 12 mandados de prisão temporária, 34 mandados de busca e apreensão, sendo 21 na Grande São Paulo, um no Rio de Janeiro, três na região de Campinas (SP) e nove na Baixada Santista.
Durante a execução dos mandados, os agentes apreenderam dinheiro, equipamentos para fraude e cadernos de provas nos endereços abordados.
Os 12 envolvidos no esquema serão enquadrados nos crimes de formação de quadrilha, violação e sigilo funcional, estelionato, receptação e falsificação de documentos públicos.
Já os candidatos identificados irão responder por crime de receptação e estelionato.
Os candidatos não foram presos porque não seriam integrantes da quadrilha.
A PF iniciou as investigações a partir de informações obtidas durante a investigação sobre o concurso para agente da PF, em 2009.
A partir de fevereiro deste ano, com o aprofundamento dos trabalhos, a PF identificou que a quadrilha atuava em todo o país, mediante o acesso aos cadernos de questões, antes da data de aplicação das provas.
Além do concurso da PF, o grupo teve acesso privilegiado às provas do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (2ª fase/2010) e do concurso da Receita Federal (Auditor-Fiscal/1994).
Outros concursos como o da Abin e da Anac estão sob suspeita.
A quadrilha chegava a cobrar até 150 mil dólares de cada candidato que participasse da fraude no caso do concurso para agentes da PF.
O concurso da OAB eles cobravam 50 mil reais.
Um empresário dono de uma universidade e até um policial rodoviário federal seriam os comandantes do grupo.

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