sexta-feira, 18 de junho de 2010

Glauber Silveira: Código Ambiental é um grande avanço

fonte :Chamada geral http://www.radiorsat.com.br/chamadageral
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, concedeu uma entrevista ao programa Chamada Geral, apresentado pelo jornalista Lino Rossi, da Rede Rsat quando falou sobre o Codigo Ambiental, os latifundios ameaçados, a nova legislação ambiental e a didferença entre Zoneamento Ambiental e o Código Ambiental em execução, atualmente.
Em sua explanação, o presidente da Aprosoja falou sobre os desafios da soja no Brasil. Segundo ele, o principal desafio da soja é a logística. “O Brasil tem um potencial muito grande de expansão. O mundo, dentro dos próximos dez anos, vai precisar de pelo menos 100 milhões de toneladas de soja a mais e nós temos condições de estar fornecendo isso”, frisou.
O ano de 2009 foi positivo para algumas regiões do Brasil em virtude da queda de produção. “Tivemos um aumento 45 milhões de toneladas a mais de produção por uma demanda que cresceu apenas em torno de quatro milhões. Acontece que o estoque mundial foi para 63 milhões de toneladas. Isso reflete, sem dúvida, no preço porque saímos de uma safra para outra e produzimos 45 milhões de toneladas a mais. No ano passado o estoque de passagem dentro do Brasil foi o menor de todos os tempos. Tivemos um estoque menor do que um milhão de toneladas tivemos 600 mil de toneladas de soja. Isso fez com que o mercado subisse muito”, completou.
O presidente destacou que o cenário para a soja da próxima safra é cauteloso, porque o produtor é um ‘sonhador por natureza’. Eles têm sido aconselhados da importância de se ter o custo de produção atrelado, principalmente porque a região sul do Brasil tem condições muito favoráveis.
Com relação ao alto custo de produção no Paraná, Glauber explica que no Estado o custo gira em torno de R$ 1,4 mil, enquanto que no Mato Grosso está na faixa de R$ 1,2 mil, ou seja, um custo de cerca de 15% mais caro, sendo que o Mato Grosso utiliza mais fertilizantes. “Não deveria ser assim. Tem muitos produtores perdendo renda. Já encontramos aqui no Paraná alguns municípios com rentabilidade de R$ 350 por hectare na soja. É ridículo isso quando se fala em rentabilidade. A rentabilidade nos municípios do Paraná deveria estar em torno de R$ 700 a R$ 800 por hectare de soja”, frisou.
BIOTECNOLOGIA
Em termos de competitividade o Brasil está atrasado na questão genética. O fato da genética estar se encaminhado para a detenção de uma única empresa tem preocupado as autoridades. De acordo com o presidente da Aprosoja, o Brasil tem um sério problema de logística rodoviária. “O consumo de combustível através de rodovias é muito caro. O Brasil hoje está perdendo o petróleo que tem e que poderia estar exportando para outros países e hoje estamos queimando dinheiro através de uma matriz rodoviária. O Brasil começou há 20 anos com uma matriz ferroviária e as ferrovias que temos hoje não evoluíram. O nosso custo é muito alto. O mundo precisa de uma soja mais barata, mais competitiva e a gente precisa diminuir o nosso custo de produção para que o produtor possa estar ganhando dinheiro e o mercado também possa estar comprando”, concluiu.

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