quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Em agosto a quantidade de vagas formais foi de 2,277 mil e no mês passado baixou para 443

Fonte gazeta digital


Mato Grosso registrou queda de 80,5% nos saldo de empregos formais no mês de setembro, com relação ao mês anterior. A diferença entre admissões e demissões é de 443 vagas, número 5 vezes menor do que o saldo de agosto, que registrou 2,277 mil empregos. Ao todo foram 29,911 mil admissões e 29,468 demissões em setembro e a diferença é a menor nos últimos 5 meses. No acumulado do ano, o saldo estadual é de 30,322 mil, número 6,16% maior do que o contabilizado entre janeiro e setembro de 2009. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgados nesta terça-feira (19).

A indústria da transformação, a principal influência da redução, fechou o mês com o saldo negativo de 1,761 postos de trabalho. As indústrias da construção civil e de serviços de utilidade pública, apesar de não fecharem o mês com mais desempregados que empregados, tiveram queda ante igual mês do ano passado. A construção teve retração de 92,8% com saldo de 63 postos contra 879 em agosto e o de serviços de utilidade pública, nos quais se encaixam setor energético e de abastecimento de água, a redução foi de 52,5%, com saldo de 38 vagas, contra 80 empregos no mês passado. O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Jandir Milan diz que os levantamentos apontam que os frigoríficos são os principais causadores deste cenário. "Mesmo que em setembro não tenha sido declarada a paralisação de alguma outra planta, muitas empresas registram as demissões após algum tempo". Questionado sobre uma possível recuperação, Milan afirma que neste período do ano, quando se iniciam as chuvas, o normal é que haja mais demissões nas indústrias, principalmente na construção civil e no segmento de extração vegetal.

Apesar disso, o agronegócio e bom momento do setor imobiliário podem segurar os números. "Com o início da safra é comum que parte dos que são colocados no mercado de trabalho seja readmitida pelo agronegócio. Além disso, como há muitas vagas no setor da construção". É justamente o que espera Waldemir Francisco dos Santos, 32. Desempregado há 1 mês, o trabalhador busca curso de qualificação para trabalhar na construção civil. "Aqui na Capital exigem o curso e eu vim fazer minha inscrição para conseguir um novo emprego".

O economista Antônio Humberto de Oliveira diz que as sucessivas quebras no setor alimentício da carne têm prejudicado o mercado de trabalho e que a finalização das obras da usina de Dardanelos também influenciam este movimento. "Uma usina como Dardanelos, que trabalhava com 3 mil empregados, nesta etapa não tem mais de 400 em campo".

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