terça-feira, 26 de outubro de 2010

Energética Águas da Pedra confirmou ontem que funcionamento da primeira turbina da usina será antecipado em um mês

Esta linha terá tensão nominal de operação de 230 kW, podendo ainda ser utilizada para conexão de transmissão nas telecomunicações

A Energética Águas da Pedra, empresa criada pelo consórcio formado pela Neoenergia, Eletronorte, Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) e Construtora Norberto Odebrecht para construir o Aproveitamento Hidrelétrico (AHE) Dardanelos, no município de Aripuanã (a mais de mil quilômetros ao noroeste de Cuiabá), confirmou ontem o início do funcionamento da primeira turbina da usina (48 megaWatts) em janeiro de 2011.

A partir daí, a cada 20 meses, entra em ação uma nova turbina até completar o cronograma de funcionamento, que contempla cinco unidades totalizando 261 mW de energia a ser acoplada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) através das linhas de transmissão. O leilão que garante a venda da energia ao SIN já foi realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No total, a energia será produzida por seis turbinas, sendo a última de 29 mW.

Segundo a assessoria de imprensa da empresa, o prazo estabelecido para o funcionamento da primeira turbina é fevereiro de 2011. “Na verdade, decidimos antecipar a operação em um mês porque estamos com as obras bem adiantadas e queremos a acoplar a energia ao SIN o quanto antes”, disse a fonte, lembrando que o projeto demandou investimentos da ordem de R$ 600 milhões em um período de 36 meses.

Quando finalizado, o empreendimento será operado pela Empresa Energética Águas da Pedra, que é composta por Neoenergia (51%), Chesf (24,5%) e Eletronorte (24,5%).

A usina, que fica localizada à margem esquerda do rio Aripuanã, está gerando atualmente cerca de 500 empregos diretos. No pico das obras, o empreendimento chegou a gerar 1,5 mil empregos. “No momento, os equipamentos estão em fase de teste. Mas só falta concluir a montagem da última turbina, de 29 mW”.

A empresa garante que existem linhas de transmissão (LT) para distribuição da energia a ser gerada por Dardanelos. “Uma parte da LT é da Neoenergia, ligando Aripuanã a Juína, numa extensão de 168 quilômetros”, destacou a fonte. Atualmente, Aripuanã é abastecida com energia da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Faxinal, de 10 mW.

O traçado do linhão deverá acompanhar grande parte das margens das rodovias MTs 420 e 208. Esta linha terá tensão nominal de operação de 230 quilowatts (kW), podendo ainda ser utilizada para conexão de transmissão nas telecomunicações em geral (telefones, internet, rádios, TVs e outros), viabilizando projetos empresariais e aumento da oferta de emprego e melhoria na qualidade de vida da população.

IMPACTO - A Energética Águas da Pedra informou que o impacto da usina para o meio ambiente será mínimo. “Para se ter uma idéia, o empreendimento terá apenas 0,24 hectare de lago e uma vazão de 300 metros cúbicos por segundo (m³/s) para gerar 261 mW”. Lembrou que o rio tem uma vazão de 1.200 m³/s, “o que quer dizer que apenas 25% do volume total da água será aproveitado para o funcionamento da usina e, o restante, correndo naturalmente para alimentar as cachoeiras”.

Dentre outros benefícios a serem gerados pela usina, destacam-se os programas de apoio às atividades turísticas, de lazer, cultura, educação básica e saúde pública.

O projeto de viabilidade técnica, econômica e ambiental do AHE Dardanelos foi conduzido pelo consórcio constituído entre a Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte) e a Construtora Norberto Odebrecht. Já o projeto de engenharia foi desenvolvido pela PCE Projetos e Consultorias de Engenharia Ltda e, os estudos sócio-ambientais, foram realizados pela Leme Engenharia, ambas contratadas pelo consórcio.

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