Esta linha terá tensão nominal de operação de 230 kW, podendo ainda ser utilizada para conexão de transmissão nas telecomunicações
A Energética Águas da Pedra, empresa criada pelo consórcio formado pela Neoenergia, Eletronorte, Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) e Construtora Norberto Odebrecht para construir o Aproveitamento Hidrelétrico (AHE) Dardanelos, no município de Aripuanã (a mais de mil quilômetros ao noroeste de Cuiabá), confirmou ontem o início do funcionamento da primeira turbina da usina (48 megaWatts) em janeiro de 2011.
A partir daí, a cada 20 meses, entra em ação uma nova turbina até completar o cronograma de funcionamento, que contempla cinco unidades totalizando 261 mW de energia a ser acoplada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) através das linhas de transmissão. O leilão que garante a venda da energia ao SIN já foi realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No total, a energia será produzida por seis turbinas, sendo a última de 29 mW.
Segundo a assessoria de imprensa da empresa, o prazo estabelecido para o funcionamento da primeira turbina é fevereiro de 2011. “Na verdade, decidimos antecipar a operação em um mês porque estamos com as obras bem adiantadas e queremos a acoplar a energia ao SIN o quanto antes”, disse a fonte, lembrando que o projeto demandou investimentos da ordem de R$ 600 milhões em um período de 36 meses.
Quando finalizado, o empreendimento será operado pela Empresa Energética Águas da Pedra, que é composta por Neoenergia (51%), Chesf (24,5%) e Eletronorte (24,5%).
A usina, que fica localizada à margem esquerda do rio Aripuanã, está gerando atualmente cerca de 500 empregos diretos. No pico das obras, o empreendimento chegou a gerar 1,5 mil empregos. “No momento, os equipamentos estão em fase de teste. Mas só falta concluir a montagem da última turbina, de 29 mW”.
A empresa garante que existem linhas de transmissão (LT) para distribuição da energia a ser gerada por Dardanelos. “Uma parte da LT é da Neoenergia, ligando Aripuanã a Juína, numa extensão de 168 quilômetros”, destacou a fonte. Atualmente, Aripuanã é abastecida com energia da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Faxinal, de 10 mW.
O traçado do linhão deverá acompanhar grande parte das margens das rodovias MTs 420 e 208. Esta linha terá tensão nominal de operação de 230 quilowatts (kW), podendo ainda ser utilizada para conexão de transmissão nas telecomunicações em geral (telefones, internet, rádios, TVs e outros), viabilizando projetos empresariais e aumento da oferta de emprego e melhoria na qualidade de vida da população.
IMPACTO - A Energética Águas da Pedra informou que o impacto da usina para o meio ambiente será mínimo. “Para se ter uma idéia, o empreendimento terá apenas 0,24 hectare de lago e uma vazão de 300 metros cúbicos por segundo (m³/s) para gerar 261 mW”. Lembrou que o rio tem uma vazão de 1.200 m³/s, “o que quer dizer que apenas 25% do volume total da água será aproveitado para o funcionamento da usina e, o restante, correndo naturalmente para alimentar as cachoeiras”.
Dentre outros benefícios a serem gerados pela usina, destacam-se os programas de apoio às atividades turísticas, de lazer, cultura, educação básica e saúde pública.
O projeto de viabilidade técnica, econômica e ambiental do AHE Dardanelos foi conduzido pelo consórcio constituído entre a Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte) e a Construtora Norberto Odebrecht. Já o projeto de engenharia foi desenvolvido pela PCE Projetos e Consultorias de Engenharia Ltda e, os estudos sócio-ambientais, foram realizados pela Leme Engenharia, ambas contratadas pelo consórcio.
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