terça-feira, 20 de agosto de 2013

Acuado e prestes a "cair", Henry segue irado e "atira" no governo


Fonte RDNEWS Romilson Dourado

-- Ex-secretário e deputado Pedro Henry orienta PP a bater no governo, especialmente na Saúde
Ex-secretário e deputado Pedro Henry orienta PP a bater no governo, especialmente na Saúde
   Pedro Henry tenta encerrar a carreira política numa boa, como se sua máscara ainda não tivesse caído. Mas ela veio ao chão há um bom tempo, desde o envolvimento nos escândalos da sanguessuga e do mensalão. Como (quase) nada tem a perder politicamente, já que nos próximos dias perderá o mandato e vai cumprir pena em regime semiaberto, o deputado, anestesista e bem-sucedido empresário na área da saúde saiu da toca como um tatu raivoso e disposto a brigar por espaço e comida.
   Para atingir o governador Silval Barbosa, de quem foi secretário de Saúde por um ano, Henry acusou publicamente a administração estadual de receber da União e não repassar recursos para o hospital de Sinop. Fez os cálculos e chegou a uma média de R$ 18 milhões por ano que estariam sendo levados para outras finalidades ou para o ralo. Henry ligou o Palácio Paiaguás a Sinop porque sabe que o prefeito Juarez Costa jamais abriria a boca para reclamar publicamente sobre retenção da verba porque é amigo e aliado do mesmo partido de Silval. Ambos são do PMDB. A fidelidade política tem dessas coisas. O corporativismo e a prevaricação prevalecem, mesmo trazendo consequências graves para o usuário do SUS.
   Ao escancarar a crise na saúde, o deputado atingiu por tabela o secretário Mauro Rodrigues, que antes conduziu a mesma pasta em Sinop. Não está nem aí que Mauri é do seu partido, o PP. Quer vingá-lo por ter excluído de cargos estratégicos os seus apadrinhados, entre eles o secretário-adjunto Edson Paulino de Oliveira, o Pelezinho. Mauri agiu com aval de Silval. Henry, na bronca, tenta dar o troco para os dois.
   Enquanto resiste e segue no mandato, o deputado se mostra disposto a fechar o cerco contra o governo, tanto que orientou a bancada do PP na Assembleia a bater duro nesse sentido. Se por um lado ele carrega "rabo” da gestão Silval, afinal esteve dentro e fez o que bem entendeu, tanto que até entregou para as OSS a gestão dos hospitais regionais, de outro o governo também tem “rabo” do deputado e ex-secretário. Chumbo trocado não dói.

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