terça-feira, 20 de agosto de 2013

Saída de Mauri Rodrigues da Secretaria de Saúde é certa, mas Silval ainda define seu substituto


Foto: Ednilson Aguiar/Secom-MT
Indicado pelo PP, Mauri Rodrigues perdeu a sustentação política no segundo mês e sua saída passou a ser questão de tempo
Indicado pelo PP, Mauri Rodrigues perdeu a sustentação política no segundo mês e sua saída passou a ser questão de tempo
Sob bombardeio de diferentes setores, o secretário de Estado de Saúde, Mauri Rodrigues de Lima, empossado em janeiro deste ano, deve deixar a pasta em poucos dias. “Por enquanto eu não vou mudar. Por enquanto!”, reagiu o governador Silval Barbosa (PMDB), no final da tarde desta segunda-feira (19/08), no Salão Garcia Neto do Palácio Paiaguás, em improvisada entrevista coletiva.

Conforme o site  Olhar Direto o governador só não publicou o ato de exoneração de Mauri porque ainda não encontrou um substituto. Ele lembrou que, dos cerca de 24,5 milhões da saúde restantes em dívidas para os municípios, já foram quitados com 63 prefeituras. “No mês que vem, vamos atingir 120 municípios com o pagamento [da verba da saúde] em dia e iremos ‘zerar’ tudo até dezembro”, prometeu ele, sobre o passivo da Secretaria de Saúde com as prefeituras, referente aos exercícios de 2011/12.

Nos bastidores, os nomes mais cotados para o posto seriam do cardiologista Jorge Lafetá, responsável pela saúde do próprio Silval e do senador Blairo Maggi (PR); e do gestor governamental Paulo Lira de Araújo, o ‘Paulo da Saúde’ (PSD), suplente de vereador em Cuiabá, considerado afilhado do deputado estadual José Riva (PSD), presidente afastado da Assemleia Legislativa.

Durante o final de semana, era dada como certa a nomeação do secretário Pedro Nadaf, chefe da Casa Civil, para a Secretaria de Saúde, por ser considerado fiel escudeiro e coringa do governador. Mas Silval teria desistido. “Era como vestir um santo e ‘desvestir’ o outro”, revelou uma fonte do Palácio Paiaguás, recorrendo a um velho adágio do Pantanal mato-grossense para ilustrar o quadro.

Há tempos o Partido Progressista vem cobrando a saída de Mauri. Os deputados estaduais Ezequiel Fonseca e Antônio Azambuja, responsáveis pela indicação de Mauri, se arrependeram logo no segundo mês e isso os levou para a oposição do governador Silval.


Apuração do caso

Mesmo sem tentar dar importância para o fato, o governador mandou apurar as denúncias do deputado federal Pedro Henry Neto (PP), de que a Secretaria de Saúde estaria desviando a finalidade de recursos da União destinados ao Hospital Regional de Sinop. “Determinei que seja apurado pela Auditoria Geral do Estado se isso ocorre, realmente. E, se existe, quero saber quem é o culpado”, emenda Barbosa.

O agravante estaria no fato de Mauro Rodrigues ser morador de Sinop e até já fez parte de várias administrações, ocupando secretarias municipais.

O governador não aceitou a teoria de alguns veículos de comunicação de que as denúncias de Henry Neto teriam precipitado a demissão de Mauri Rodrigues, que há meses não tem mais o respaldo político do Partido Progressista, responsável por sua indicação. Diante da pergunta sobre a origem da queda de Mauri – motivada ou não pelas denúncias do deputado federal do PP. 

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