terça-feira, 20 de agosto de 2013

Deputado busca ajuda para famílias da Suiá Missú


 São cinco os sentimentos que invadem cada uma das sete mil pessoas despejadas das terras: injustiça, tristeza, desalento, impotência e abandono. Essas pessoas estão sendo tratadas como cidadãos de segunda classe
Fonte:Gazetadigital

Será no próximo dia 21 (quarta-feira) a reunião requerida pelo vice-líder do PSB na Câmara, deputado federal Valtenir Pereira (MT), para que ministros prestem informações acerca do plano de ação e das providências que estão sendo adotadas por parte do governo federal para minimizar a angústia e o sofrimento das famílias de trabalhadores despejadas da terra indígena Marãiwatsédé. A reunião, que está sendo realizada pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, será às 9h30, no plenário 9.
A reunião será com os ministros do Desenvolvimento Agrário, Gilberto Vargas, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello e com a Ministra Secretária de Direitos Humanos, Maria do Rosário.
Para participar da reunião com os ministros, o parlamentar, que é membro da CFFC, mobilizou moradores da região e convidou os prefeitos dos municípios que possuem parte do seu território pertencente ao território indígena como Alto Boa Vista e Bom Jesus do Araguaia, e outros município do entorno que foram de alguma forma afetados com a desocupação como Confresa, Porto Alegre do Norte, São Félix do Araguaia, Serra Nova Dourada, Luciara e Canabrava do Norte.
O deputado Valtenir quer que o governo federal insira nos programas sociais e de habitação as 7 mil pessoas despejadas da terra indígena e ainda elabore um plano de assentamento para aqueles agricultores que perderam as suas propriedades. Ele esteve na região e registrou imagens da situação degradante e subumanas que os posseiros estão vivendo depois dos despejos. As imagens mostram as famílias morando debaixo de lonas, em situação desumana. Muitos têm sofrido até problemas cardíacos e neurológicos em virtude da maneira traumática de como foram retirados de suas casas e propriedades da antiga Gleba Suiá Missú.
Para o parlamentar, a existência dos direitos dos índios não pode ignorar que existem comunidades que são compostas por pessoas com direito incontestável à dignidade humana. "A dignidade humana deve ser igual para índios e não índios. Ela deve ser igual para todos e respeitada por todos. Se o governo federal, via Funai, teve o trabalho de proteger o direito da comunidade indígena, também teria que ter tido a mesma preocupação para mitigar os efeitos da desintrusão, fazendo a realocação e não jogar no relento as famílias, idosos, crianças da Gleba."
"Sem medo de errar, afirmo que são cinco os sentimentos que invadem cada uma das sete mil pessoas despejadas das terras: injustiça, tristeza, desalento, impotência e abandono. Essas pessoas estão sendo tratadas como cidadãos de segunda classe, como se isso fosse permitido no estado democrático de direito", descreve o deputado. (Ascom Deputado )
Veja o vídeo que mostra a situação das famílias   


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